O ex-secretário de Estado Geraldo de Vitto foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por fraude em licitação e fraude processual, no processo que ficou conhecido como "Escândalo dos Maquinários". Além dele, outras 12 pessoas também foram condenadas no mesmo processo.
Trata-se do servidor público Valter Sampaio e dos empresários Ricardo Lemes Fontes (Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda.), José Renato Nucci (Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda.), Valmir Gonçalves de Amorim (Dymak Máquinas Rodoviárias Ltda.), e Marcelo Fontes Correa Meyer (Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda.).
Também foram condenados Otávio Conselvan (Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.), Sílvio Scalabrin (gerente da Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda), Rui Denardim (proprietário da Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.), Harry Klein (Iveco Latin América Ltda.), Rodnei Vicente Macedo (Rodobens Caminhões Cuibá S/A) e Davi Mondin (Torino Comercial de Veículos Ltda).
O ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso Vilceu Marchetti, falecido no ano de 2014, também figurava como réu nesta ação penal. Eles são acusados de superfaturar em R$ 44 milhões a compra de 705 máquinas e caminhões distribuídos aos 141 municípios do Estado.
A decisão foi proferida pelo juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá e publicada no Diário de Justiça desta segunda-feira (12).
Os ex-secretários e os empresários são acusados de substituir contratos, inserindo cláusulas novas tratando de assistência técnica e alteração do prazo de pagamento para justificar os juros embutidos nos preços. Para justificar o superfaturamento, foram juntados ainda ofícios com datas retroativas, produzidos por empresários a pedido de Marchetti.
A propina fixada pelos servidores para o favorecimento de determinadas empresas no procedimento licitatório foi estimada no valor de R$ 12,2 milhões, considerando 5% do valor da aquisição.