Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

POLÍCIA Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 15:51 - A | A

Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 15h:51 - A | A

POLÍCIA INVESTIGA O CASO

Menores formam “grupo disciplinador" e espancam colega dentro de escola

O Bom da Notícia/Assessoria

A Polícia Civil investiga um caso de extrema violência envolvendo quatro alunas de uma escola estadual em Alto Araguaia (MT). As menores, com idades entre 11 e 14 anos, agrediram brutalmente uma colega de 12 anos dentro da unidade de ensino. A sessão de espancamento foi registrada em vídeo pelas próprias agressoras e compartilhada nas redes sociais.

As investigações tiveram início na segunda-feira (4), logo após a Delegacia de Alto Araguaia receber o vídeo onde a vítima aparece sendo atacada covardemente, sem qualquer chance de defesa. As quatro autoras da agressão foram rapidamente identificadas pelos investigadores, incluindo uma criança de apenas 11 anos.

Conforme apurado pela Polícia Civil, as meninas formaram entre si um grupo semelhante a uma organização criminosa, com regras internas e “punições” para quem as descumprisse. A vítima foi alvo do espancamento após, supostamente, quebrar uma dessas regras. Durante o “castigo”, uma das condições impostas era que ela não poderia chorar — sob ameaça de que a violência aumentaria.

Ao todo, cerca de 10 pessoas foram ouvidas, incluindo as adolescentes envolvidas, seus responsáveis, a direção da escola e a própria vítima. As menores confessaram não só essa agressão como outras ocorridas anteriormente contra quatro colegas diferentes, todas registradas em vídeos encontrados nos celulares das suspeitas.

Uma das adolescentes já havia sido conduzida anteriormente à delegacia por andar em companhia de adultos ligados a facções criminosas e estar em posse de entorpecentes. A polícia também identificou que algumas das jovens agressoras têm histórico familiar com vínculos a facções criminosas, fator que pode ter influenciado diretamente suas condutas.

“Durante os depoimentos, ficou evidente que algumas das menores tentavam reproduzir dentro da escola comportamentos que presenciam em casa”, relatou o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pela investigação.

Em razão do envolvimento de menores de idade, o caso corre sob sigilo. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que dará continuidade às medidas legais cabíveis em relação às adolescentes envolvidas.