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POLÍTICA Terça-feira, 19 de Dezembro de 2023, 13:43 - A | A

Terça-feira, 19 de Dezembro de 2023, 13h:43 - A | A

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Abílio e Jayme trocam farpas após discussão em voo e posts nas redes por suposto voto à Flávio Dino

Marisa Batalha/ O Bom da Notícia

Virou um verdadeiro bate, rebate, as críticas enviadas pelo senador Jayme Campos contra o deputado federal Abílio Brunini(PL), e vice-versa, após o bolsonarista publicar em suas redes sociais, em especial, o Instagram, onde possui mais de 200 mil seguidores, que o parlamentar do União Brasil teria feito campanha aberta em favor de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

Para colocar 'mais lenha nesta fogueira', nesta terça-feira(19), à jornalistas, Brunini apontou que o senador supostamente teria assegurado R$ 200 milhões em emendas impositivas como uma recompensa. "Não existe nenhuma emenda de deputados e senadores que chegue nem perto deste montante que ele conseguiu. E conseguiu então como? Na semana que o Senado debateu a ida de Dino para o STF, Lula repassou R$ 10 bilhões em emendas para o Senado".

Todo este 'cabo de guerra' ganhou mais força após discussão dentro de avião na semana passada, entre os dois em voo de Brasília à Cuiabá. Claro, por conta das publicações de Abílio em suas redes sociais, reforçado por entrevista de Brunini no programa Roda de Entrevista, na TV Mais, Canal 17.1, no final da semana passada, quando brincou sobre a suposta discussão com o senador mato-grossense. (Veja recorte da fala de Abílio na TV Mais sobre o tema abaixo)

Irreverente e sem papa na língua como Brunini, o senador Jayme Campos, igualmente, não tem deixado por menos. Esta semana à imprensa ele vem alfinetanndo continuamente o parlamentar bolsonarista. E mesmo evitando citar nomes, Jayme revela a existência de deputados que 'prestam um desserviço à Mato Grosso, pelo seu comportamento nas redes sociais'. E que esta estratégia de desconstruir desafetos não assegura bons resultados.

Ao, inclusive, desafiar Abílio a fazer 'algo que preste' para os mato-grossenses que o elegeram. "Todos vocês conhecem a minha opinião sobre esse assunto. Tenho dito que sou um senador de resultado. Não trabalho talvez da forma mais acentuada como outros parlamentares trabalham a rede social, muitas vezes prestando um desserviço ao nosso estado. Portanto, digo e volto a repetir, o político, o homem público, tem que trazer algo que preste para a população".

Para Jayme, seus 40 anos de vida pública endossam sua trajetória na política em favor de Mato Grosso e que 'não seria correto usar como expediente, denegrir as pessoas'. E que ele, sobretudo, sempre foi um político independente e que ninguém jamias lhe colocaria 'cabresto', assim, não precisa falar sobre seu voto no Senado.

"Essas pessoas acabam atrapalhando e tentando denegrir ou diminuir a imagem das pessoas. Isso não é uma prática correta. Estou há quase 40 anos na vida política e nunca fiz política atacando quem quer que seja, muito pelo contrário, a política é a arte do diálogo, do entendimento e sobretudo a certeza que essa é a melhor forma de você ter sucesso junto a seu povo e a sua gente".

Hoje, na Câmara de Vereadores, ao voltar a se contrapor a Jayme, o deputado bolsonarista buscou - desta vez - ser 'cirúrgico', ao responder questionamento da imprensa de que o senador teria dito que ele[Abílio] nunca teria plantado um pé de cebolinha, ao que respondeu: 'se for em Várzea Grande vai morrer mesmo porque lá não tem água', ao se referir a um problema de anos vivenciado pela cidade, que é base eleitoral da família Campos.

Mas acabando por admitir que o senador tinha razão de 'brigar', já que teria colocado no seu Instagram a campanha de Campos em favor de Dino."Eu repercuti mesmo que ele foi cabo eleitoral do Flávio Dino para o STF e isto saiu na imprensa".

Sob o argumento, contudo, que não trocaria seu voto por recursos federais."Eu respeito o Jayme e o tempo dele na política. E respeito sua indignação de eu ter publicado que ele teria se manifestado em favor do Flávio Dino para o STF. É o direito dele e eu tenho o meu de expressar. Mas Mato Grosso não aceita o que ele e Carlos Fávaro[ministro da Agricultura e Pecuária] fizeram. Esta fatura será cobrada".

 

Veja recorte da Roda de Entrevista