A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) defendeu a ampliação do modelo de escolas militares e cívico-militares no Brasil, com prioridade para Mato Grosso, após casos recentes de violência envolvendo estudantes da rede pública.
Na última semana, um episódio em Alto Araguaia chocou o estado: uma adolescente foi brutalmente agredida por quatro colegas dentro de uma escola estadual. As imagens, gravadas e divulgadas pelas próprias agressoras, mostram a vítima ajoelhada, sem reação, enquanto leva tapas, socos e chutes, além de golpes com um cabo de vassoura.
Segundo a investigação, cerca de 20 alunos, com idades entre 10 e 14 anos, formavam um grupo com dinâmica semelhante à de uma facção criminosa. A motivação foi considerada fútil: a recusa em dividir um doce.
Para a deputada, este caso é mais um alerta de que a violência escolar atingiu níveis intoleráveis. “Não podemos naturalizar cenas como essa. Precisamos de disciplina, respeito e segurança dentro das escolas. O modelo militar, que já apresenta resultados positivos em diversas regiões, é uma alternativa concreta para devolver a ordem e proteger nossos alunos e professores”, afirmou.
Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) mostram que o número de vítimas de violência interpessoal nas escolas saltou de 3,7 mil em 2013 para 13,1 mil em 2023, um aumento de mais de 250% em dez anos.
Segundo a parlamentar, o ambiente escolar deve ser seguro, com regras claras, acompanhamento pedagógico e presença de profissionais capacitados para lidar com conflitos. “As escolas militares e cívico-militares têm índices de violência muito menores, melhor desempenho e um ambiente mais propício para o aprendizado. Não é apenas sobre punir, mas sobre prevenir, formar cidadãos e resgatar valores como respeito, responsabilidade e compromisso com a comunidade”, completou.
Coronel Fernanda também afirmou que os governos municipal, estadual e federal precisam priorizar a pauta. “Precisamos agir antes que novas tragédias aconteçam. Escola é lugar de aprender e crescer, não de medo e agressão”, ponderou.