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POLÍTICA Segunda-feira, 08 de Abril de 2019, 10:53 - A | A

Segunda-feira, 08 de Abril de 2019, 10h:53 - A | A

"UM HOMEM DE CORAGEM"

Em meio a forte esquema de segurança, Mauro Zaque revela história ao Domingo Espetacular

Da Redação - O Bom da Notícia

(Foto: Reprodução/TV Record)

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O programa Domingo Espetacular, da Rede Record, trouxe uma extensa matéria sobre o promotor de Justiça Mauro Zaque, do Ministério Público de Mato Grosso. A matéria sobre promotores jurados de morte no país, descortina as mudanças que o promotor de Mato Grosso foi obrigado a fazer por conta das ameaças que recebe, que inclui uma rotina de limitações, como restrição de acesso a lugares como bares e restaurantes.

 

Na entrevista o promotor mato-grossense mostra o arsenal que possui dentro de casa e uma vida marcada por um forte esquema de segurança. Na entrevista Zaque conta que duas vezes por semana treina em um estande de tiro em Cuiabá. 

 

E mostra sua familiaridade com armamamentos pesados como um fuzil M4 - usada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos -, uma carabina calibre 12 semiautomática e uma pistola .40. Lembrando que para os membros do Ministério Público o porte de armas é permitido.

 

O apartamento tem segurança armada, tem sistema de câmeras, sistema de alarmes, elevador com bloqueio

À reportagem, ele contou já ter usado todo este armamento em sua defesa e a de sua família. Além de um aparato de segurança dentro do apartamento onde vive com a esposa e duas filhas. "O apartamento tem segurança armada, tem sistema de câmeras, sistema de alarmes, elevador com bloqueio", relatou., disse.


Do curso de direção defensiva e ofensiva, até o curso de segurança na SWAT, unidade da polícia norte-americana altamente especializada em reduzir riscos associados a situações de emergência, Mauro Zaquediz que aprendeu a respeitar sua intuição.

Sua vida mudou tanto devido às ameaças de morte, 'que este novo estilo já impactou na vida dos vizinhos'."Já tive vizinho que trocou de carro para não ter um carro do mesmo modelo e da mesma cor que o meu", afirmou.

 

Em seu depoimento ao programa Domingo Espetacular, Zaque conta que há 10 anos concentra suas atividades em crimes de "colarinho branco". Tendo iniciado sua carreira investigando crimes de contrabando em cidades que fazem fronteira com a Bolívia, como Cáceres (a 220 km de Cuiabá). "A gente tem toda uma rede de informações ou pessoas anônimas que ligam falando para tomar cuidado, que a organização está contratando pistoleiro em tal lugar", disse.

 

Ameaças envolvendo o uso de explosivos, segundo ele, também já foram relatadas. "Já falaram que estavam buscando explosivos fora, para promover atentados. Enfim, a gente tem que se precaver, nos cercar de todos os cuidados porque a gente não pode avaliar de forma plena até onde essas ameaças são verdadeiras ou não", afirmou.

 

Há dois anos, Zaque também passou a sofrer intimidações, após denunciar - em maio de 2017 - a existência de um esquema de escutas ilegais feitas por oficiais da Polícia Militar no Governo de Mato Grosso. O episódio tornou-se conhecido como a "Grampolândia Pantaneira".

 

"Essa denúncia envolvia o primeiro escalão do Governo, o então comandante da Polícia Militar, e outras autoridades que tinham o poder na mão", explicou Zaque. O inquérito instaurado segue até hoje e o MPE pede a condenação de dois coronéis e um cabo da PM.

 

O ex-governador do Estado, Pedro Taques (PSDB) também é investigado em um inquérito sob sigilo. Ele nega as acusações. Segundo relembra a reportagem, Taques foi informado por Zaque sobre o esquema de grampos, mas não teria tomado providências.

 

A partir de então, as intimidações por parte de pessoas ligadas ao esquema teriam aumentado e que, por isso, a segurança foi reforçada. 

Há dois meses, porém, Zaque está sem segurança institucional. A cada 15 dias, o Gabinete de Segurança Institucional do MPE avalia se é o caso de retomar a segurança intensiva.

 

Veja a reportagem completa

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