Nesta terça-feira (03), o parlamento municipal de Cuiabá rejeitou com 12 votos contrários, 10 a favor e três ausências, um pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), apresentado pela vereadora Maysa Leão (Republicanos). O objetivo da processante era investigar o ‘calote’ no pagamento das emendas impositivas dos parlamentares, com o principal foco, na emenda de cerca de R$ 30 milhões direcionados para realização de cirurgias eletivas da capital.
No requerimento apresentado, a vereadora argumenta que o gestor descumpre a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pela Câmara Municipal em 2023. Ao todo, ela elenca o calote de 27 emendas impositivas destinadas principalmente à área da Saúde e outras pastas. Este foi o 18º pedido feito para investigar o gestor que caminha para encerrar seu segundo mandato.
O nosso intuito com essa processante é realmente que ela perca o objeto e morra no meio do caminho!
No entanto, em conversa com a imprensa - momentos antes da votação da processante, já desconfiada do resultado -, Maysa adiantou as críticas aos colegas de parlamento e afirmou que os vereadores que rejeitaram o requerimento estão ‘dizendo para o prefeito que ele pode fazer o que quiser’.
“Se algum vereador que defendeu as cirurgias eletivas e hoje não votar na processante, ele estará dizendo para o prefeito que ele pode fazer o que quiser! Pois, precisamos negativar-lo, como se o prefeito Emanuel Pinheiro estivesse no Serasa!”, pontuou
De acordo com a republicana, seu intuito era que o requerimento perdesse o objeto de investigação através da quitação das emendas. “Enquanto ele não pagar a emenda, à processante tem objeto! Mas se ele pagar e quitar todas as emendas, serei a vereadora mais feliz do mundo, porque será nesse momento que a processante perderá o objeto. O nosso intuito com essa processante é realmente que ela perca o objeto e morra no meio do caminho! E o prefeito pare de dar calote e cirurgias comecem!”
Entre os vereadores que votaram sim, (à favor da processante) estão: Cezinha Nascimento (UB), Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (UB), Dr. Luiz Fernando (UB), Eduardo Magalhães (Republicanos), Eleus Amorim (Republicanos), Fellipe Corrêa (PL), Michelly Alencar (UB), Rogério Varanda (PSDB) e Sargento Joelson (PSB).
Os que votaram não são: Adevair Cabral (SD), Dídimo Vovô (PSB), Edna Sampaio (PT), Jeferson Siqueira (PSD), Lilo Pinheiro (PP) Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Junior (PV), prof. Mario Nadaf (PV), Renivaldo Nascimento (PSDB), Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), Sargento Vidal (MDB) e Wilson Kero Kero (PMB). Já os vereadores, Chico 2000 (PL), Kássio Coelho (Podemos) e Paulo Henrique (PV) estiveram ausentes na votação.