O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União Brasil) lamentou a volta do prefeito Emanuel Pinheiro(MDB) ao seu cargo, sob a justificativa de que aqueles que acompanham a gestão, sobretudo, a cuiabania, estaria sofrendo com a administração. Mas fez questão de frisar que 'decisão judicial se cumpre', e que neste caso não deve ser diferente.
A declaração de Fábio foi realizada em coletiva de imprensa na sede do União Brasil, no bairro Duque de Caxias, na última sexta-feira(08), após o anúncio da Executiva Municipal do União Brasil de colocar no comando do diretório da sigla, em Cuiabá, a deputada Gisela Simona.
"Pra quem mora em Cuiabá, pra quem vive em Cuiabá, pra quem acompanha o que está acontecendo com a cidade, com a capital no dia a dia, sabe que é uma tristeza continuar essa administração", contou.
Emanuel voltou ao cargo na noite da última quinta-feira (07), em decisão assinada pelo ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob o argumento do "perigo de dano, uma vez que Emanuel foi eleito para o cargo de prefeito municipal, e a decisão do Tribunal de Justiça de MT seria uma restrição à soberania popular".
Vale lembrar que esse foi o segundo afastamento de Emanuel, inclusive, pelo mesmo desembargador Luiz Ferreira da Silva. Pinheiro chegou a ser afastado do comando do Executivo municipal no dia 19 de outubro de 2021, no âmbito da Operação Capistrum, por supostamente usar contratações temporárias como moeda de troca política junto à Câmara.
À imprensa, Garcia ainda lembrou das 20 operações policiais ocorridas na administração de Emanuel, sem esconder sua insatisfação com a gestão.
"São 20 operações policiais por suspeita de corrupção, abandono da cidade, buracos na rua, situação caótica na saúde pública, situação caótica nas unidades de creche, nas escolas municipais".
O deputado federal licenciado e secretário-chefe da Casa Civil era um dos nomes cotados pelo União Brasil para concorrer à prefeitura nas eleições que acontecerão no fim deste ano. Mas, ao final, por conta de escolha interna do partido, o escolhido foi o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho.