O senador Jayme Campos (UB) disse em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nesta última sexta-feira (9), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria 'pesado na mão', ao determinar o afastamento por 60 dias do prefeito de Tapurah, Carlos Alberto Capeletti (PSD), como punição, à sua participação nas manifestações contra o resultado das urnas do dia 30 de agosto, que deu vitória à presidência da república, ao petista, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Acho que houve até certo ponto um exagero do ministro, porque as penalidades que tem sido aplicadas têm sido muito duras. Podia falar, aí prefeito, maneira a barra, dá uma segurada nessas manifestações. Mas não essas decisões monocráticas”.
Para você entender, o prefeito gravou um vídeo incitando comerciantes e empresários do agronegócio aqui de Mato Grosso a seguirem para Brasília, no feriado de 15 de novembro, para uma “batalha final” contra o resultado das urnas.
O prefeito que é fiel apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que a decisão do STF não muda em nada e de que tal fato da ainda mais coragem.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou o prefeito do cargo [Carlos Capeletti], após ele ter incentivado a ida de caminhões até Brasília para "tomar o Congresso, o STF e até o Planalto". O ministro destacou que o político estimula atos contra o resultado das eleições.
Jayme deixa claro que não concorda 100% com as atitudes do prefeito, principalmente, as informações que teriam lhe chegado que o prefeito estaria incitando a população para atos antidemocráticos. Contudo, igualmente, pede prudência ao ministro do STF.
“O que nós ficamos perplexos é que algumas decisões não podem ser de forma monocrática. Tem que ser de forma colegiad a[…] Eu não concordo com tudo que o prefeito faz, como aquela história de sortear carro, isso não pode, isso eu sou contra, mais tem algumas decisões que ele[Moraes] está pegando pesado demais”, ainda disse o senador.
Ao ainda reiterar que as manifestações podem ser constitucionais, mas que ele seria contra e teria se posicionado, inclusive, sobre os bloqueios nas estradas federais e estaduais. Pois uma coisa é protestar outra seria impedir o 'ir e vir das pessoas'.
Só para lembrar, além das atuais ações que pesam contra Capeletti, ele é ainda investigado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por compra de votos.