Em conversa com os jornalistas durante coletiva de imprensa para apresentação do balanço das ações do Gabinete de Intervenção na Saúde de Cuiabá, o governador Mauro Mendes fez um desabafo sobre as leis brasileiras. Em sua visão elas são ‘frouxas’, ao argumentar que a polícia prende e logo a justiça com suas lacunas solta o criminoso.
“É lamentável isso porque a lei brasileira é terrível. Você prende o cara três vezes. Aí, fica um prende e solta. Então é altamente desestimulante para as forças de segurança. O governo tem feito a parte dele no que nos compete fazer, que é investir nos profissionais, mais tecnologia, mais equipamentos. Agora a lei brasileira é extremamente frouxa”.
Na avaliação do governador, caberia ao Congresso Nacional modificar a Legislação para que criminosos fiquem mais tempo presos. “Hoje, para alguém passar mais de cinco anos na cadeia é muito difícil. Tudo é redução de pena. Assim, não conseguimos atacar o problema”, disse.
“O remédio que temos para combater essa doença já se mostrou há muitos anos sem eficácia. A violência do Brasil vem crescendo ano após ano e eu falei isso para o presidente Bolsonaro e agora para o presidente Lula”, acrescentou o gestor mato-grossense..
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança, entre janeiro e novembro, 16 operações voltadas à repressão de organizações criminosas no município. Nove foram ostensivas, ou seja, de reforço ao policiamento, e seis de cumprimentos de mandados de prisão, buscas e apreensão. Em seis operações, a Polícia Civil fez 240 prisões em cumprimento de mandados judiciais, além de dezenas de buscas e apreensões em decorrência de práticas do crime organizado levantadas em investigações.
Mendes afirma que o Estado tem feito o possível para cumprir sua parte.
“É investir em condições para os profissionais. Colocar mais gente e mais infraestrutura. Isso estamos fazendo. Hoje, temos a terceira polícia melhor equipada e melhor sistema prisional do país. Mais e um prende e solta que é altamente desestimulante para as forças de segurança”, finalizou.