Não é de hoje que o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV) não esconde sua insatisfação com o Partido dos Trabalhadores. Esta queda de braço política vem desde quando disputou com o deputado petista Ludio Cabral para se tornar o nome oficial da Federação Brasil da Esperança[PT, PCdoB e PV]. E, depois, ao final, abdicando da sua intenção de disputar a Prefeitura de Cuiabá em favor de um consenso que fechou ao entorno do parlamentar.
Neste ínterim, algumas reuniões conseguiram acalmar os ânimos, em especial, entre Stopa e Ludio, chegando o deputado estadual por algumas vezes a publicizar acordo respeitoso - de que indiferente quem fosse o nome escolhido, o outro seguiria junto -, dando apoio ao projeto eleitoral. Mas algumas ameaças da direção do PT, em Mato Grosso, de buscar a direção nacional da Federação como forma de obrigar o PV a participar das eleições e dos palanques, azedaram a relação.
Conforme o vice-pefeito, o PV tem sido desrespeitado, pelo PT que tenta a todo custo minimizar a importância do Partido Verde no grupo.
À jornalistas, Stopa garantiu esta semana que tem tentando pacificar a relação, mas precisa que o PT colabore, assim, vem pedindo incessantemente, mais respeito.
"Vamos tentar pacificar, mas primeiro o pessoal do PT tem que fechar a boca e parar de falar besteira [...] O PV quer respeito. Eles [petistas] têm uma série de segmentos: cada um fala uma coisa, bate na gente, como quando nos acusam de sermos peso no palanque. É só pegar as reportagens que vamos perceber”, disse.
Stopa pode até neste momento das conversações, está se disponibilizando em pacificar as rusgas, mas por algumas vezes ele, à exemplo de corrligionários, perdeu a paciência e se distanciou. Prova disto, foi no início do mês quendo Stopa, por exemplo, faltou deliberadamente à reunião com o Partido dos Trabalhadores que tiraria seus coordenadores de campanha dos partidos aliados.
Chegando a revelar à imprensa, que a 'insurreição' do PV na capital mato-grossense, em não seguir com Ludio Cabral, em seu projeto eleitoral, se daria pelas constantes cobranças, 'com ares de ameaças' feitas, em especial, pelo presidente do PT no Estado, deputado Valdir Barranco, que chegou a apontar reunião com direção nacional da Federação como forma de obrigar o PV a seguir Lúdio.
Stopa chegou inclusive a defender que o PV saia do grupo da Federação e levar as reclamações que já se acumulam ao presidente nacional da sigla, José Luiz Penna.
"Já sugeri oficialmente ao presidente nacional do partido, a retirada do PV e acho que no final do ano, temos que repensar a Federação. Ficamos de conversar após as eleições", finalizou.