Para evitar colar - às suas imagens -, o desgaste causado com a votação apertadíssima nesta quarta-feira(10), ao PLC 36/2020 que isentaria os aposentados e pensionistas, que recebem até o teto do INSS (R$ 6,1 mil) da contribuição previdenciária de 14% e que, ao final, venceu a manutenção do veto do governador Mauro Mendes (DEM); pelo menos 13 deputados estão usando suas redes para garantir que foram a favor da derrubada do veto.
Porém a conta não bate. Foram 12 votos a favor da manutenção do veto do governador democrata contra 11 deputados que tentaram a todo custo manter a proposta de autoria do deputado petista Lúdio Cabral. Aliás, nesta última quinta-feira(11), sem esconder sua indignação o parlamentar lembrou que antes e durante a sessão plenária teria trabalhado exaustivamente pela derrubada do veto e, inclusive, garantido 17 votos pela permanência da proposta legsialtiva. "Eu trabalhei durante toda a sessão com a expectativa de que nós iríamos derrubar o veto. Conversei com cada um dos deputados, contei os votos para que tivéssemos segurança durante a votação. Tinham no mínimo 17 votos de deputados que confirmaram para mim, que votaria pela derrubada hoje, durante a sessão, mas infelizmente, nós só tivemos 11 votos honrosos pela derrubada ao veto do PLC-36".
Após a votação, e com a derrota, Lúdio não poupou crítica aos seus pares na Assembleia, chegando a classificar os deputados que votaram a favor da manutenção do veto como 'covardes', ao lembrar que a decisão da Casa de Leis prejudicará pelo menos 35 mil famílias que esperavam 'uma posição de hombridade de todos os deputados, que em dezembro aprovaram - por unanimidade -, a proposta que acabava com o confisco das aposentadorias e pensões em Mato Grosso'.
O veto do governo ao projeto de Lúdio foi mantido, em votação secreta, quando 12 deputados votaram para manter o veto e 11 deputados votaram para derrubar
Declaram ter votado contra o veto e a favor dos aposentados os parlamentares: Lúdio Cabral (PT), Janaina Riva (MDB), Delegado Claudinei (PSL), Silvio Fávero (PSL), Valdir Barranco (PT), Elizeu Nascimento (DC), Faissal Calil (PV), Allan Kardec (PDT), Paulo Araújo (PP), Ulysses Moraes (DC), João Batista do Sindspen (Pros), Thiago Silva (MDB) e Wilson Santos (PSDB).
Contudo, post que está sendo disseminado pelas redes sociais e, em especial, no aplicativo de Whatsapp, mostra os deputados que ficaram a favor do governo e os que votaram para derrubar o veto de Mendes, na Casa de Leis. Ainda que seja difícil fazer esta comprovação, pelo fato do voto ser secreto e apenas Lúdio e a deputada emedebista Janaína Riva terem realizado voto aberto. (Veja abaixo)
À reportagem, um deputado contou que no grupo de mensagens - no Whatsapp - dos parlamentares, teve bate-boca, acusações mútuas de inconfidencialidade e tentativas frustradas de descobrir o voto um do outro.
Mesmo bastante desconfortável com o placar - já que pertence a base de apoio do governo, na Assembleia -, o deputado estadual Eduardo Botelho(DEM), também presidente do parlamento, prometeu buscar uma alternativa para a situação imposta aos servidores aposentados, junto ao Governo do Estado. Admitindo porém, que a proposta de isenção, prevista do Projeto de Lei 36/2020, continha vício de iniciativa, pois devia ter partido do Governo do Estado e não da Assembleia. "Esse desconto não justo. Nós precisamos fazer algo. Não é justo”, enfatizou.
Ainda prometendo criar uma comissão na Assembleia para dialogar com a aquipe técnica do governador democrata, com objetivo de construir uma proposta alternativa de isenção para aposentados e pensionistas. Contudo, para que não tenha 'vício de iniciativa', que seja feita pelo Estado e encaminhada ao Legislativo estadual.
Segundo Botelho, as tratativas já tiveram início e nos próximos dias serão divulgados os nomes dos parlamentares que farão parte da comissão. "Essa votação encerrou o projeto, mas fiquem [aposentados] traquilos, a buscas pelo caminho não encerrou. Conversei com o governador Mauro Mendes e vamos encontrar uma solução para diminuir o sofrimento dos aposentados. Tenho certeza que vamos encontrar um caminho. Não estou confortável com o resultado das votações, nem nenhum deputado. vamos encontrar uma solução tenham esperança", disse o presidente.
O Bom da Notícia procurou vários parlamentares para tirar dúvidas sobre seus votos ao projeto, por meio de suas asessorias, e apenas o deputado Wilson Santos, que é da base do governo, respondeu o questionamento. “Nas duas vezes em que o projeto de lei complementar foi levado ao plenário, votei duas vezes a favor da matéria. O meu voto foi pela derrubada do veto”, afirmou Wilson.
O novato e polêmico, deputado Ulysses de Moraes (DC), para evitar confusão e para driblar a confidencialidade do voto gravou a si mesmo votando contra a alíquota de 14% e contra o governo.
Janaína Riva que declarou abertamente seu voto tem dito, entretanto, por meio de suas redes sociais que tem colega mentindo o voto.
Nos bastidores já roda até a informação de que houve - a pedido de Mendes -, gravações de deputados que ao votaremm a favor do governador, para garantir fidelidade, gravaram a ação e enviaram o vídeo ao secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho. Mas o fato pode não passar de especulações, já que repercutiu negativamente a manutenção do veto, principalmente, porque muitos aposentados estariam vivendo situações dramáticas porque têm doenças graves e estariam sem seus proventos com esses descontos de contribuição previdenciária.
Veja o post nas redes sociais