Terça-feira, 09 de Setembro de 2025

SAÚDE & BEM ESTAR Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025, 11:46 - A | A

Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025, 11h:46 - A | A

SETEMBRO AMARELO

9 em cada 10 mães no Brasil sofrem com burnout parental, alerta estudo

O Bom da Notícia/ com assessoria

De cada 10 mães, nove estão exaustas com sintomas de burnout parental, incluindo níveis leves, moderados ou graves. Mais da metade já recebeu algum diagnóstico relacionado à saúde mental, segundo o relatório de Burnout Parental da B2Mamy e Kiddle Pass. 

Atenta à necessidade de haver um cuidado com a saúde mental, a Unimed Cuiabá, por meio do Viver Bem, com o Núcleo de Medicina Preventiva, oferece apoio e orientação às suas beneficiárias, especialmente no que diz respeito ao esgotamento mental, pelos programas Mente Saudável e Mãe Coruja. Com profissionais capacitados, as beneficiárias são acolhidas e recebem todo o apoio necessário para poderem sair do burnout parental. 

O levantamento feito pela B2Mamy e Kiddle Pass com 1.868 mulheres mostrou que quase 10% apresentam esgotamento grave, 44% têm sintomas moderados e 34% estão em nível leve. Apenas uma pequena parcela, cerca de 9%, não apresenta sinais relevantes de burnout. 

A psicóloga do programa Viver Bem da Unimed Cuiabá, Carolina Gomes, destacou que esse dado evidencia a necessidade de atenção especializada, uma vez que o burnout materno se manifesta em três dimensões principais: exaustão física e emocional, sentimento de culpa e incompetência frente às funções maternas, despersonalização e descrédito em relação a si mesma. 

“A pressão social pelo ideal de mãe perfeita e o acúmulo de múltiplos papéis, fazem muitas vezes com que a mulher passe a se distanciar de sua própria identidade ao assumir exclusivamente o papel materno”, analisou ela. 

Segundo a psicóloga, no caso de mães de crianças com deficiência ou neurodivergentes, sofrem um maior impacto, podendo causar o adoecimento psíquico materno. Muitas vezes, a rotina já sobrecarregada passa a ser ocupada por tratamentos e terapias que dificultam o desenvolvimento de uma vida própria, além dos cuidados com o filho. 

“Frequentemente, essas mães se afastam do mercado de trabalho para se dedicar integralmente ao cuidado, o que pode gerar consequências financeiras significativas e, por consequência, aumentar os níveis de estresse. Como forma de cuidado e prevenção ao burnout materno, é fundamental que essa mulher consiga reservar um tempo para si mesma, permitindo momentos de alívio e de reconexão com interesses que não estejam vinculados à maternidade. Também é essencial buscar apoio profissional, construir uma rede de apoio no cuidado da criança, manter hábitos saudáveis e investir no cuidado da própria saúde mental”, disse. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE – FGV), sete em cada 10 mulheres no Brasil são mães. E quatro em cada 10 criam os filhos sozinhas, representando 11 milhões de mães solo, das quais 90% são negras. Além disso, 72,4% vivem apenas com os filhos, sem uma rede de apoio próxima, e 12% apresentam sinais graves de esgotamento mental. 

O Instituto destaca que a sobrecarga começa desde os primeiros dias de vida do bebê. O aleitamento materno, recomendado pelo Ministério da Saúde até os dois anos ou mais, equivale a uma jornada de 1800 horas por ano, exigindo cerca de 500 calorias diárias da mãe, além da privação de sono e da exaustão física. Apesar disso, a licença-maternidade dura apenas quatro meses geralmente, e as pausas para amamentação no trabalho são insuficientes para atender às necessidades do bebê e da mãe. 

Além das dificuldades físicas e emocionais, as mulheres ainda enfrentam o impacto profissional. Considerando que muitas mulheres enfrentam preconceito e até demissão ao retornar ao mercado: 50% das mães perdem seus empregos até dois anos após a licença-maternidade, segundo a FGV. Enquanto isso, 80% das mães relatam exaustão ao equilibrar filhos, casa e trabalho - entre os pais, esse índice cai para 48%. 

Neste mês do Setembro Amarelo, a Unimed destaca a importância do cuidado com a Saúde Mental. A campanha internacional teve notoriedade em 2013, pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, que colocou no calendário nacional. E, desde 2014, a ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulga no Brasil essa campanha. 

Programa Mente Saudável

O Programa Mente Saudável oferece suporte às mães em situações mais graves, quando já há diagnóstico de transtorno mental severo, disponibilizando acompanhamento psiquiátrico e psicológico, com foco especial na prevenção ao suicídio.

Quem pode participar?

Beneficiários a partir de 14 anos de idade com planos ativos da Unimed Cuiabá, com diagnóstico de transtornos mentais severos, tais como, transtornos psicóticos, de humor, depressivos graves, e outros associados a pensamentos recorrentes, planejamento ou tentativa de suicídio. Encaminhamento realizado pelo profissional de referência, contendo a indicação do CID e um breve histórico da doença.

O cliente poderá sair do programa a qualquer momento, sem que haja quaisquer prejuízos ao mesmo.

Programa Mãe Coruja

O Programa Mãe Coruja oferece acolhimento e suporte às mães que estão vivenciando mudanças físicas, emocionais, sociais e hormonais, com foco em orientação no aleitamento materno, contando com o apoio da equipe de Psicologia do setor Viver Bem. 

Atividades oferecidas:

·         Curso preparatório para amamentação.

·         Assistência à amamentação (home bebê).

·         Monitoramento do aleitamento materno.

·         “Papo de Mãe” – roda de conversa com especialistas.

·         “Trabalhar e ser Mãe” – orientações para conciliar amamentação e rotina profissional.

·         Oficina de Introdução Alimentar.

·         Tele monitoramento do aleitamento exclusivo até seis meses após a assessoria. 

Quem pode participar?
Beneficiárias da Unimed Cuiabá com plano ativo e adimplente, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e participação nas atividades propostas.