O mês de setembro remete ao início da primavera, época que embeleza canteiros e avenidas. Mas o termo “Setembro em Flor” surgiu no intuito de reforçar o cuidado com outro tipo de natureza: a saúde íntima feminina. As mulheres precisam ficar alertas para tumores que estão na categoria de câncer ginecológico. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, por ano, 30 mil novos casos sejam diagnosticados no país.
O câncer ginecológico envolve o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. E a campanha “Setembro em Flor”, criada em 2021 pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, acende o alerta para a importância de conscientizar a população sobre o tema e sobre os cuidados necessários.
O câncer de colo do útero é o de maior incidência entre os ginecológicos e também um dos que apresentam maior taxa de mortalidade entre as mulheres. Para 2025, são estimados mais de 17 mil novos casos no Brasil. A boa notícia é que ele pode ser prevenido com atitudes simples, como a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) e a realização do exame preventivo de Papanicolau.
A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de casos especiais, como mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos, na faixa etária de 9 a 45 anos. A vacina também está disponível no sistema privado, indicada para um público mais amplo, incluindo homens e mulheres de 9 a 45 anos.
A preocupação com os tumores é constante entre quem está na linha de frente. Em agosto de 2025, o Ministério da Saúde publicou uma portaria com novas diretrizes para o rastreamento do câncer de colo do útero. O documento define diversas medidas, entre elas maior estruturação do SUS para atendimento às pacientes diagnosticadas com câncer ginecológico.
De acordo com a médica oncologista e diretora da Oncomed-MT, Dra. Cristina Inocêncio, é essencial que as mulheres conheçam sinais e sintomas e façam exames regularmente para acompanhamento. “É de extrema importância ter esse conhecimento, fazer exames preventivos, ter um estilo de vida saudável e buscar ajuda médica o mais rápido possível. A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento dos tumores ginecológicos”, destaca.