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POLÍTICA Terça-feira, 28 de Maio de 2019, 15:12 - A | A

Terça-feira, 28 de Maio de 2019, 15h:12 - A | A

GREVE NA EDUCAÇÃO

"Trabalhador ganha benefício só por meio da luta", diz deputado

Rafael Machado - O Bom da Notícia

Opositor do governo Mauro Mendes (DEM), o deputado estadual João Batista (Pros) manifestou favorável a greve geral dos profissionais da Educação iniciada na segunda-feira (27), por tempo indeterminado. Para ele, nenhum trabalhador ganha qualquer benefício se não for por meio da luta.

 

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, o parlamentar comentou que tem vários anos de luta sindical em favor do servidores do sistema penitenciário, e que todos os direitos conquistados foram através de mobilização e greve.

 

“Se os profissionais da Educação não impor suas reivindicações, após a retirada  da RGA [Revisão Geral Anual], que é lei; amanhã com certeza vai retirar outro direito pra diminuir o salário deles”, ainda disse o deputado sindicalista nesta terça-feira (28).

 

Ressaltando que os profissionais da Educação também fazem parte da sociedade e que a paralisação também afeta seus filhos. Batista ainda apontou que o salário do trabalhador do serviço público ajuda a girar a economia dos municípios.

 

“Eu acredito que se o governador tiver um pouco mais de tato, conversar mais com as representações classistas acredito que possa chegar em um denominador comum e não haver prejuízo nem para os profissionais da Educação e nem aos alunos”.

 

O deputado disse que governador Mauro Mendes precisa ser um pouco mais flexível para conseguir debater as reivindicações das classes sindicalistas. “Acredito que a postura do governador tem que ser um pouco mais flexível, tem que receber mais as representações classistas porque muitas vezes, dependendo de como apresentam uma contraproposta, o movimento recua. Mas o tratamento duro e rígido do governo leva a um entendimento que é necessário endurecer, pois a categoria imagina que esta é a única maneira de ser escutada”, comentou.

 

Cortes

 

Em entrevista nesta terça, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho confirmou que os servidores públicos que aderiram à greve da educação estão tendo seus pontos cortados. “Isso é uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e nós vamos cumprir. Nesse período de greve, infelizmente, o servidor da Educação que aderiu não irá receber seu salário”, ainda disse o secretário.

 

Adesão

 

O Governo do Estado divulgou um balanço das escolas que aderiram ao movimento. De acordo com o levantamento, das 767 escolas estaduais, 360 não paralisaram, o que representa 47%. Já 322, cerca de 42%, decretaram greve. Quinze escolas aderiram parcialmente ao movimento, 61 ainda discutem a possibilidade de ingressar a greve e seis o governo não conseguiu contato.

 

Reivindicações 


Na última semana, os profissionais da Educação em assembleia anunciaram uma greve geral por tempo indeterminado para cobrar do Poder Executivo cumprimentos de reivindicações que estão previsto em lei para a categoria.

 

Na pauta, está cumprimento da Lei 510/2013 que trata sobre aumento salarial, convocação dos aprovados no último concurso público e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos profissionais da categoria.

 

Além disso, cobram melhoria da infraestrutura das unidades escolares e um calendário de agenda permanente com o governo.

 

O primeiro ato público da categoria aconteceu na segunda-feira (27), cerca de quatro mil profissionais da educação percorreram às ruas do Centro Político Administrativo cobrando que as pautas sejam atendidas.