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O vereador Abílio Júnior (PSC), que faz ferrenha oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), na Câmara, rebateu as críticas feitas pelo obstinado defensor do gestor cuiabano, o parlamentar tucano Renivaldo Nascimento, que na última sexta-feira(24) em entrevista ao site O Bom da Notícia, revelou a Edivaldo Ribeiro que nenhum dos cinco vereadores que fazem oposição a Pinheiro têm perfil para disputar o comando do Palácio Alencastro, no pleito de 2020.
“Primeiro, se ele defende Emanuel Pinheiro como um bom modelo de gestor, obviamente não iria mesmo gostar de ninguém que faça oposição a ele. Mesmo que a intenção dos parlamentares que realizam esta tarefa hoje na Casa de Leis, têm somente a intenção de mostrar todos os lados da gestão de Emanuel, a ruim e as decisões acertadas de Emanuel”, disse Abílio ao o Site O Bom da Notícia.
A resposta de Abílio foi dada às declarações de Renivaldo Nascimento que chamou os cinco vereadores de oposição ao prefeito Emanuel de “raivosos” e ainda que realizam 'ataques de forma covarde' contra o gestor cuiabano'.
Fazem oposição ao prefeito emedebista Emanuel Pinheiro, na Câmara Municipal de Cuiabá, os vereadores Abílio Júnior (PSC), Dilemário Alencar (Pros), Felipe Wellaton (PV), Marcelo Bussiki (PSB) e Diego Guimarães (PP).
“Almoço organizado pelo deputado tucano Wilson Santos, com os vereadores que fazem oposição a Pinheiro, em Cuiabá, sem a presença de Renivaldo Nascimento (PSDB), acabou causando um certo constrangimento”
Recentemente, deu bastante o que falar o almoço organizado pelo vice-presidente do diretório municipal do PSDB, o deputado estadual Wilson Santos, com os parlamentares municipais, opositores a Pinheiro, em um restaurante na Capital. Para piorar a situação, o deputado não convidou seu correligionário, Renivaldo Nascimento [do mesmo partido que Wilson]. O encontro abriu uma conversação que promete se ampliar em torno das eleições de 2020.
A decisão de deixar de lado para o almoço o vereador Renivaldo acabou causando um certo constrangimento dentro do diretório municipal do PSDB, em Cuiabá.
Na entrevista com Edivaldo Ribeiro, Renivaldo mesmo após afirmar que "nenhum dos cinco teria a mínima condição de ser prefeito", ainda elevou o tom ao revelar que mesmo que o nome de Abílio venha sendo ventilado como um dos possíveis candidatos na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, em 2020, o vereador não teria a mínima condição para concorrer. E ainda disparou que só votaria em Abílio quem estivesse louco.
“Abílio? Só se a população estiver louca”, afirmou Renivaldo.
Já o vereador social cristão preferiu revelar que seu maior desejo é contribuir com Cuiabá em 2020 de alguma forma. Seja como vereador ou como prefeito. Lembrando ainda que há outros bons nomes que vêm sendo cotados para a disputa ao Alencastro como o de Felipe Welaton e Diego Guimarães. Todos, ainda de acordo com Abílio, com condições de disputar a cadeira de prefeito.
Conforme Abílio, a ideia de 'peitar' uma eleição na disputa pelo comando da Prefeitura de Cuiabá, vai exigir uma estratégia séria e, sobretudo, o compromisso de montar um projeto para Cuiabá. Sob o diálogo do que a cidade precisa realizar e recuperar. Assim, não é só colocar o nome para uma possível candidatura. Tendo em vista, principalmente, 'que o próximo prefeito de Cuiabá pegará uma gestão muito difícil, porque Emanuel fez uma péssima gestão'.
Ainda disse o vereador social cristão que se Renivaldo acha que Emanuel Pinheiro fez uma boa gestão que vá com ele em uma reeleição, caso ele saia. "Se ele acha que o Emanuel é bom e se eu for candidato, seria uma loucura da população, ok. Meu maior desejo é contribuir, montar um projeto para Cuiabá. O que temos que fazer para recuperar Cuiabá? Porque uma das coisas que me preocupo é que o próximo prefeito de Cuiabá, pegará uma gestão muito difícil, porque o Emanuel fez uma péssima gestão”,
Gestão tumultuada
Vale lembrar que Emanuel busca descolar dele o escândalo que envolveu seu nome na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa. Depois de matéria exibida em agosto de 2017, no programa Fantástico, da Rede Globo, vários deputados de Mato Grosso foram filmados recebendo 'mensalinho' do ex-governador, dentre eles Pinheiro que à época era parlamentar estadual.
Os deputados foram filmados pelo ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa, recebendo maços de dinheiro, que resultou na criação da CPI do Paletó, que pedia a cassação do prefeito, mas acabou não dando em nada.
Nos últimos tempos outro escândalo marcou a gestão municipal foi por conta do ex-secretário de Inovaçao e Comunicaçao, Junior Leite. Às pressas, ele teve que suspender a execução dos contratos de serviços de publicidade, na realização de campanhas de "arrecadação do IPTU/2019" e de "Combate à Dengue", após os procedimentos de Dispensa de Licitação formalizados pela pasta, aos valores fixados, respectivamente, em R$ 3.083.663,50 e R$ 1.502.179,50, totalizando R$ 4.585.843,00.
A determinação para suspender a execução dos pagamentos e da publicidade foram feitas pelo conselheiro interino, Moises Maciel que concedeu medida cautelar em Representação de Natureza Interna, proposta pela Secretaria de Controle Externo de Administração Municipal. De acordo com o conselheiro interino, os contratos estavam nitidamente irregulares. 'Saltam aos olhos a forte probabilidade da ocorrência de ilegalidade nos procedimento'.
Para piorar a situação, Emanuel Pinheiro teve de determinar uma Tomada de Contas Especial, igualmente às pressas, para apurar supostas irregularidades relativas ao aluguel de um prédio sem licitação para abrigar a SEC 300, na Avenida Getúlio Vargas, fechada durante um ano, mesmo que o aluguel estranhamente estivesse sendo pago. Após isso, o ex-secretário da Sicom, Junior Leite, pediu o afastamento do cargo. Ele era, quando da contratação do espaço vazio que deveria ser utilizado pela SEC 300, o ex-gestor e, assim, responsável pela locação do prédio que nunca foi usado, ao custo R$ 108 mil ao ano. Fato que também resultou e pedido de cassação do prefeito, novamente arquivado na Câmara.
Também no imbróglio do fechamento há mais de um mês da Santa Casa e a briga quase diária entre a diretoria da unidade hospitalar, à espera de repasses da Prefeitura de Cuiabá, para que os recursos entrassem no caixa da Santa Casa e, assim, fossem pagos seus funcionários, acabou vindo à tona recentemente, que o prefeito Emanuel Pinheiro era um dos sócios do hospital filantrópico. Admitido, aliás, por ele mesmo. A unidade de saúde fechada há mais 40 dias é formada por uma associação, cuja a lista de sócios não é conhecida, mas sabe-se que a unidade possui uma dívida de R$ 118 milhões.
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Veja a entrevista de Renivaldo Nascimento com Edivaldo Ribeiro na íntegra