O Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia, intensificou as ações preventivas e educativas em 2024, diante do crescente número de ocorrências de crimes homofóbicos. No primeiro semestre deste ano, o estado registrou 175 casos de crimes de homofobia, um aumento significativo em comparação aos 132 casos registrados no mesmo período de 2023.
Ações Preventivas e Capacitação
Diversas iniciativas foram realizadas para capacitar profissionais da segurança pública no atendimento à população LGBTQIA+ e no combate à homofobia. Entre as principais ações estão:
Palestra sobre Atendimento à População LGBTQIA+ como a realizada em fevereiro pela CEASP/ACADEPOL, contou com 13 participantes.
Palestra sobre Atendimento de Crimes de Homofobia: Em abril, a ESFAP capacitou 510 profissionais.
Curso de Acolhimento LGBTQIA+: Promovido pela Rede Cidadã em abril, reuniu 20 participantes.
Ao todo, 856 profissionais participaram das ações preventivas e educativas ao longo do primeiro semestre de 2024.
Estatísticas de Crimes de Homofobia
De 2011 até junho de 2024, Mato Grosso registrou 1.828 ocorrências relacionadas a crimes de homofobia, com um crescimento alarmante em anos recentes. Em 2023, foram registrados 305 casos, enquanto em 2024, apenas até junho, já somam 175 ocorrências.
O relatório também destaca os homicídios e outras mortes associadas a crimes de homofobia, com 169 registros no período de 2011 a junho de 2024. O ano de 2018 apresentou o maior número de mortes, com 22 casos, incluindo 7 suicídios.
Primeira Metade de 2024: Análise Mensal
O primeiro semestre de 2024 foi marcado por uma tendência crescente de crimes homofóbicos mês a mês. Março e junho foram os meses com o maior número de ocorrências, registrando 32 e 33 casos, respectivamente. Em termos de homicídios e mortes a esclarecer, foram registrados sete casos entre janeiro e junho deste ano.
O Estado de Mato Grosso continua enfrentando desafios significativos no combate à homofobia, e as autoridades reforçam a importância de iniciativas preventivas e educativas para reduzir esses índices e proteger a população LGBTQIA+.