Sábado, 05 de Outubro de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 22 de Maio de 2018, 10:02 - A | A

Terça-feira, 22 de Maio de 2018, 10h:02 - A | A

EX-MAGISTRADA COMANDADA 7ª VARA

Selma diz que recebeu ameaças recentes e irá recorrer de suspensão de escolta

Kamila Arruda, da Redação

A juíza aposentada Selma Rosane de Arruda afirma que continua recebendo ameaças de morte e garante que irá recorrer da decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça, que suspendeu o seu direito a escolta feita por agentes da segurança pública.

 

“Respeito a decisão da comissão de segurança. Acho que eles tiveram os motivos deles para agir dessa forma, devo recorrer, evidentemente, dessa decisão, pois não concordo com ela.

 

Ainda segundo Selma, ela recebeu várias ameaças em razão da função que exerceu, inclusive, “ameaças muito recentes”, pontua. De acordo com a ex-magistrada, na última semana, inclusive, ela foi ameaçada por uma pessoa envolvida em um dos casos tratados por ela enquanto responsável para 7 Vara Criminal.

 

“A última delas na última sexta-feira é ligada provavelmente a um fato ocorrido quando eu estava na sétima vara. Que foi a exoneração de um policial, não vou dar detalhes, está sob investigação do GCCO, mas antes disso, em março havia recebido uma outra ameaça do Comando Vermelho. Em dezembro, a corregedoria do Tribunal de Justiça me passou notícia de que o Comando Vermelho estaria comprando fuzis, armas, cercando minha casa, sabiam dos meus atos, inclusive, em Chapada dos Guimarães. Então, esses fatores por si só são indicativos de que estou sim ainda sob risco”, acrescentou.

 

No que diz respeito a alegação de que ela teria descumpridor protocolos, uma vez que estaria usando a escolta em eventos políticos com fins partidários, Selma rebate e afirma que tem o direito de exercer os seus direitos políticos. “Aposentada eu tenho o direito de exercer meus direitos políticos, inclusive, de exercer meu direito de ser pré-candidata, de exercer militância política. Como aposentada, qualquer cidadoa tem esse direito. Não vejo porque não exercer esse direito e fazendo também uso do meu direito a escolta”, rebate.