Sábado, 02 de Agosto de 2025

POLÍCIA Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 09:56 - A | A

Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 09h:56 - A | A

OPERAÇÃO ATHENA

Esquema na Saúde de Cuiabá: Justiça bloqueia R$ 4 milhões em bens de ex-servidores

Redação do O Bom da Notícia

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (1º), a segunda fase da Operação Athena, que apura um esquema criminoso envolvendo a Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Ao todo, foram cumpridas 11 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e bloqueios de bens e valores, totalizando cerca de R$ 4 milhões.

Entre os alvos estão três ex-funcionários da empresa, que atuaram entre os anos de 2022 e 2024, incluindo o ex-diretor administrativo e financeiro Eduardo Pereira Vasconcelos. A suspeita é de que eles tenham liderado fraudes em contratos públicos durante o período.

Além de imóveis e veículos, valores em contas bancárias também foram bloqueados por determinação da Justiça. Os mandados foram cumpridos com foco na coleta de documentos e equipamentos eletrônicos que possam comprovar os crimes investigados.

Uma das frentes da nova fase da investigação mira a empresa NS Picinatto, criada após a deflagração da primeira etapa da operação, em 2023. De acordo com a Polícia Civil, a sócia do novo CNPJ é esposa do proprietário da Lume Divinum, empresa apontada como principal beneficiária de contratações fraudulentas com a Empresa Cuiabana de Saúde.

O juiz responsável pelo caso também impôs medidas cautelares contra os investigados, como a proibição de manter contato entre si, de acessar dependências da Saúde de Cuiabá, e de se ausentar da Comarca sem autorização. Todos foram obrigados a entregar seus passaportes.

Segundo a Deccor, o material apreendido nesta fase da operação será fundamental para avançar nas investigações, que seguem em andamento.

Relembre a primeira fase

Deflagrada em setembro de 2023, a primeira fase da Operação Athena cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, além de ordens de afastamento de cargos públicos e sequestro de bens. À época, os valores bloqueados ultrapassaram R$ 3,9 milhões.

Entre os alvos daquela etapa estavam nomes de peso da gestão municipal, como Gilmar de Souza Cardoso (ex-secretário adjunto de Gestão), Célio Rodrigues da Silva (ex-secretário de Saúde) e Paulo Sérgio Barbosa Rós (ex-secretário-adjunto de Atenção Hospitalar).

Também figuravam como investigados Giovani Koch (diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública à época), Vinícius Gatto, Juarez Samaniego (atualmente no comando da Secretaria de Meio Ambiente e presidente do CREA), entre outros.

As investigações continuam sob sigilo