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POLÍTICA Sexta-feira, 01 de Março de 2024, 10:38 - A | A

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ESCÂNDALO DO PALETÓ

Ação só foi suspensa porque Emanuel alega que foi filmado sem saber, alerta Fellipe Corrêa

Da Redação do O Bom da Notícia com Assessoria

 

O vereador Fellipe Corrêa (Cidadania) alertou na tribuna da Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira (29) que a decisão do desembargador federal Pablo Zuniga Dourado suspendendo a ação penal por recebimento de suposta propina no “escândalo do paletó” não inocenta o Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

Fellipe explicou que a decisão do magistrado se baseia no entendimento de que a prova clandestina, a exemplo da gravação não autorizada por Emanuel recebendo dinheiro, é válida como recurso de defesa da vítima, não da acusação. No entanto, o tema ainda será objeto de decisão em julgamento do Supremo Tribunal Federal.

Após reproduzir os vídeos do prefeito recebendo dinheiro e do ex-governador Silval Barbosa e seu chefe de gabinete, Silvio Cézar Corrêa, dizendo que era pagamento de propina, Fellipe reforçou que a decisão não significa que não houve crime, pois a suspensão da ação foi porque Emanuel alega não saber que estava sendo filmado.

“Cidadão, não se deixe enganar, a Justiça só suspendeu a ação porque o prefeito diz que foi gravado sem saber, e que esse tipo de prova só pode ser utilizada pela defesa, e não pela acusação. A decisão não diz que o crime não ocorreu. Como se ele fosse encher os bolsos do paletó se soubesse que estava sendo filmado”, disse.

Fellipe Corrêa relembrou aos vereadores que mais de uma dezena de pedidos para cassar o mandato de Emanuel Pinheiro já foram arquivados por maioria de votos, e apelou às suas consciências para as próximas votações, de outros dois pedidos de abertura de comissão processante contra o prefeito que ele protocolou em 2023.

“Aqueles que, talvez por inocência ou por acreditarem que haveria uma mudança de comportamento, está aí o resultado: R$1,2 bilhão de dívida, uma cidade quebrada. Cabe à Casa agora tomar providências que nunca tomou em quinze processantes, e nós temos duas em pauta, pelo endividamento de Cuiabá e por desrespeitar o Legislativo ao não responder requerimentos - vamos ver quem é quem”, finalizou.

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