O senador Jayme Campos (UB), vê o pleito eleitoral desse ano com estranheza diante as alianças políticas feitas. Para o parlamentar é esdrúxula a aliança do PSD e PP, partido até pouco tempo da base do governo Bolsonaro e agora aliado à esquerda e o PT.
"Na minha visão é uma eleição totalmente esdrúxula, porque criou-se essa questão da Federação porque, particularmente, aconteceu um fato surreal de partidos como PP, PSD coligarem com o PCdoB e PT e assim por diante. O que eu acho de mais importante é que nesse momento a sociedade tem oportunidade fazer uma reflexão das duas propostas. De dois nomes dos candidatos e de forma consciente escolher aquele que de certa forma for o melhor", comentou o senador.
A análise do cenário feita por Jayme é por conta do PP e PSD aqui em Mato Grosso apoiarem a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). Que tem Neri Geller (PP) como candidato ao Senado, Fàvaro como seu coordenador e coordenador da campanha de Lula, em Mato Grosso e Márcia Pinheiro (PV) como cabeça de chapa na disputa ao governo. Diante desse cenário o senador ainda teme que o governador Mauro Mendes (UB), pode perder alguns votos por conta de Neri e o senador Carlos Fávaro (PSD) terem migrado para esquerda na eleição deste ano.
“Em política a gente não cisca pra fora, todo apoio é importante, qualquer perda ou companheiro que deixe de caminhar do nosso lado pode impactar nos votos. Neri e Fávaro estavam até o momento na base do governador Mauro Mendes e ajudaram ele em sua primeira gestão”, disse.
Neri e Fávaro além de ser da base de Mendes, também eram até pouco dias aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Neri após ver que não conseguiria apoio ao seu projeto político de Mauro e de de Bolsonaro procurou se aliar com esquerda. Fávaro por sua vez foi convidado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ser o seu coordenador de campanha em Mato Grosso.