A vereadora Maysa Leão (Republicanos) ironizou o projeto do pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sobre a criação do ônibus high-tech, denominado ART, um novo modal de transporte que anda sobre trilhos virtuais e pode transportar mais de 300 pessoas, em alternativa a briga do VLT x BRT.
“Falta do que fazer, fazer uma nova promessa. O prefeito Emanuel Pinheiro, na sua candidatura à reeleição, prometeu terminar o VLT e não terminou. A gente sabe de toda esta briga judicial que envolve VLT e BRT. Hoje, a gente vê o Governo do Estado executando o BRT e o Abilio vem com um novo modal”, disse Maysa.
A vereadora ainda lembrou ao deputado federal e pré-candidato na disputa pelo comando do Palácio Alencastro os inúmeros problemas vividos pela Capital.
“Tem tanto problema para resolver. Tem a Saúde que precisa ser resolvida, a saúde mental que não existe, a jornada dos autistas, atenção aos idosos, tanta coisa que Abilio precisa focar em prometer e ele promete um novo modal que precisaria começar do zero”, acrescentou.
Conforme divulgado por Abílio, o ART é uma forma de fazer o transporte público crescer sem a necessidade de grandes obras. Ele funciona da seguinte maneira: o ART é equipado com sensores para seguir as faixas pintadas e outros sensores na estrada pela qual ele percorre.
Formado em Arquitetura pela Universidade de Cuiabá (Unic) e membro da comissão de Mobilidade Urbana da Câmara dos Deputados, Abílio explica que o Estado não seria obrigado a mexer no trajeto já planejado para percorrer o modal de transporte que será a linha CPA-Centro.
A ideia é trocar os ônibus do BRT para o ART projetando assim ao futuro de Cuiabá à exploração de um modal mais tecnológico, menos poluente e mais ágil em velocidade.
Novela do modal
O VLT foi apresentado pelo Governo do Estado como alternativa para melhorar a mobilidade urbana na região metropolitana, durante e após a Copa do Mundo de 2014.
As obras do Veículo Leve Sobre Trilhos começaram em 2012, escoradas num projeto que prevê 22 km de trilhos divididos em duas linhas: uma que liga o aeroporto, na cidade de Várzea Grande, à Zona Norte de Cuiabá, e outra que liga a Zona Sul ao centro da capital do MT.
Contratado no governo de Silval Barbosa, o consórcio responsável partiu de um orçamento inicial de R$ 1,477 bilhão. Deste valor, segundo informa a Secretaria Estadual das Cidades, R$ 1,2 bilhão já foram pagos.
Em 21 de dezembro de 2020, o governador anunciou que substituiria o modal pelo BRT. Em maio de 2021 o Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem) aprovou a troca do sistema VLT para o sistema BRT (Bus Rapid Transit). A obra está em andamento nas duas cidades.