O senador Wellington Fagundes (PL) protagonizou nesta sexta-feira (7), uma cena que pode até parecer atípica, mas não no mundo político. Em visita ao Pontal do Araguaia(523 km distante da capital), na reinauguração do Centro Social Urbano do município, ele precisou participar de forma remota da sessão do Congresso Nacional, da Comissão Temporária da Covid-19, já que é relator.
E não teve dúvida, buscou um espaço onde não tivesse barulho e conseguiu estar em dois lugares ao mesmo tempo. O inusitado, porém, é que sua participação online, na Senatória, em Pontal do Araguaia, foi de dentro de um banheiro, o único espaço que encontrou para abafar o som da solenidade.
Após o evento, em conversa com jornalistas, voltou a se desvencilhar de perguntas quanto ao seu futuro político, já que seu mandato se finda no ano que vem no Congresso Nacional. Ainda que, politicamente, tudo sinalize pela reeleição de Fagundes.
Assim, voltou a reiterar que em meio à pandemia, não haveria como antecipar o debate eleitoral, apontando que sua preocupação, neste momento, é assegurar o maior número de vacinas possível para imunizar coletivamente o país, em particular, Mato Grosso, como forma de trazer nomalidade à vida das pessoas.
"Esse não é o momento para falar de campanha, isso a gente faz ano que vem. Esse ano quero vacina, vacina, vacina. Porque está provado no mundo inteiro que a única saída é a imunização mas, infelizmente, não existem vacinas suficientes".
Wellington ainda revelou que na conversa que foi mantida no 'banheiro de Pontal', com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, soube que estariam sendo dados passos importantes quanto a produção de imunizantes, em visitas técnicas de integrantes da Anvisa, aos laboratórios de produtos de saúde animal, para avaliar capacidade técnica de produção.
As empresas visitadas pela Anvisa foram Ceva Brasil, unidade de Juatuba, na Grande Belo Horizonte (MG); e Ouro Fino, no município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A agência reguladora deverá inspecionar ainda a unidade da Merck Sharp & Dohme, farmacêutica, química e de ciências biológicas global, com sede em Valinhos, e a Boehringer, em Paulínia, ambas em São Paulo.
A utilização dos laboratórios de saúde animal na produção de vacinas contra a Covid-19, uma vez autorizados, pode ampliar a oferta de vacinas em 400 milhões de doses, a partir da transferência de tecnologia. As quatro plantas industriais já atuam na produção de Insumo Farmacêutico Ativo para saúde animal. Segundo Fagundes, esse número é suficiente para garantir a imunização da população brasileira.
“A produção de vacina aqui mesmo é uma garantia. Não existem vacinas no mundo e hoje ninguém sabe dizer quando a vacina chegará ao braço das pessoas. Precisamos gerar segurança à população e temos condições para isso” – frisa o senador. A produção pode se dar num prazo de 90 dias.
Veja o vídeo feito pelo site Semana 7, de dentro do banheiro