A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, nesta segunda-feira (28), a mudança do nome da varíola do mascacos, monkeypox em inglês, para Mpox.
O OMS destaca que ambos os nomes poderão ser utilizados durante um período de um ano para que as pessoas se acostumem com a nova nomenclatura. Segundo a organização, o termo Mpox pode ser usado em todas as línguas.
“Quando o surto de varíola símia se expandiu no início deste ano, linguagem racista e estigmatizante online, em outros ambientes e em algumas comunidades foi observada e relatada à OMS. Em várias reuniões, públicas e privadas, vários indivíduos e países levantaram preocupações e pediram à OMS que propusesse uma maneira de mudar o nome”, afirma a organização, em comunicado.
Ainda em junho, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a entidade estava trabalhando com parceiros e especialistas para uma nova nomenclatura ‘não discriminatória’ em relação à varíola dos macacos.
Em agosto, quando lançou a consulta pública para o novo termo, uma porta-voz da OMS explicou que “é muito importante que encontremos um novo nome para a varíola dos macacos, porque esta é a melhor prática para não criar nenhuma ofensa a um grupo étnico, uma região, um país, um animal".
As críticas ao nome começaram devido à menção ao macaco. Assim como a gripe espanhola não surgiu na Espanha, a varíola dos macacos não tem os animais como hospedeiros da doença.
A ligação incorreta chegou a ser encarada como a causa de envenenamentos e ferimentos a macacos de uma reserva natural em Rio Preto, no Estado de São Paulo, em agosto.
Além do problema com o nome do animal, em junho, 30 especialistas ao redor do mundo fizeram uma publicação pedindo a alteração no nome da doença e das variantes do vírus devido ao estigma criado em relação à África.
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Fonte: IG SAÚDE