Ter nascido e vivido os anos 80 e 90 é algo sensacional! Era o início de uma nova forma de liberdade em tudo, nas músicas, nas artes, na cultura e até nas makes - Cindy Lauper que nos diga
Éramos totalmente analógicos, andávamos de bicicleta e brincávamos na rua com os vizinhos, até a mãe gritar nosso nome em “slow motion”.
Queríamos mudar o mundo e muito fizemos pra isso, até descobrirmos que mudar o mundo começa em mim, em você, na sua casa, na minha casa.
Aí mergulhamos no advento ADSL que era como mágica, e logo ficou mais fácil olhar a vida dos outros e não a nossa, criticar o outro e não a nós, julgar o outro e não a nós.
As redes sociais hoje só refletem quem nos tornamos, quem somos e o quanto estamos precisando de ombreiras e glitter na alma.
A liberdade somada a tanta tecnologia em poucos anos, nos tornou uma planície digital - podemos visitar, ver, saber e ouvir o mundo inteiro pelos nossos smartphones ou notebooks, mas não conseguimos visitar, ver, saber e ouvir nossos avós, pais, filhos, amigos, nem a nós mesmo.
Como geração migratória que somos, precisamos aprender rápido que essa “planície digital” é de uma geração nativa, que nasceu nas redes sociais, cresceu no Google e vieram com um “chip instalado na cabeça” muito superior aos nossos - uma geração mais preocupada com o meio ambiente, ativistas - defensores de causas e tudo isso esfrega em nossas caras o quanto precisamos mudar.
E mudar é incômodo!
Abrir mão do nosso orgulho, vaidade e egoísmo? Como assim? Quem esses moleques pensam que são? São a nova geração, a nova era, a evolução.
Tentamos resistir e isso nos cansa ainda mais, machuca ainda mais.. Todo processo de transformação é doloroso, entretanto quero que se lembrem que a dor é passageira e os resultados serão permanentes.
Podemos e seremos todos melhores como ser humano muito em breve, leia “ser humano” como o equilíbrio entre pessoal e profissional, o igual e o diferente, com aquele olhar complacente de quem entende e acolhe, sem julgar.
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo
(...)
somos tão jovens,
tão jovens,
tão jovens
(...)
Flávia Costa é fundadora e CEO da Webflavia Digital e Publicidade, pioneira no digital em Mato Grosso, e atua há 25 anos no mercado brasileiro com o propósito de transformar.