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CIDADES Domingo, 14 de Junho de 2020, 15:02 - A | A

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"BECO SEM SAÍDA"

Chacina do "Beco do Candeeiro" é contada em livro-reportagem

Vivian Nunes/ Especial para O Bom da Notícia

Foto: Arquivo Pessoal

Johnny Marcus

 

A chacina que matou três adolescentes no dia 10 de julho de 1998, na rua 27 de Dezembro, mais conhecida como ‘Beco do Candeeiro’, em Cuiabá, completará 22 anos no próximo mês.

Para compreender melhor o crime acontecido há duas décadas, o jornalista Johnny Marcus, escreveu um livro-reportagem “Beco sem Saída: A Chacina do Beco do Candeeiro 20 anos depois”, que ganhará vida, em forma de história, à disposição do leitor nas prateleiras de livrarias de Cuiabá. Seu lançamento está previsto para julho deste ano.  

A chacina vitimou Edgar Rodrigues de Arruda, 12 anos, Adileu Santos, 13 anos e Reinaldo Dias Magalhães, de 16 anos. Assassinados no dia 10 de julho de 1998, na Rua 27 de Dezembro, conhecida como Beco do Candeeiro, em Cuiabá. Até hoje, de fato, ninguém foi responsabilizado pelo crime que tornou-se conhecido como a 'chacina do Beco do Candeeiro' e as mães das vítimas reclamam da sensação de impunidade.

No mesmo ano da chacina, uma escultura em homenagem aos jovens mortos foi colocada na região do Beco do Candeeiro. A obra, feita pelo artista plástico Jonas Corrêa, mostra dois jovens tentando se proteger, enquanto um terceiro está caído, como se estivesse morto.

 

Há três anos, o jornalista se aprofundou na história da chacina. E para poder dar continuidade, claro, teve que conversar com as mães das vítimas, além de parentes e amigos, moradores atuais do beco, policiais e até mesmo o único suspeito do crime que foi levado a julgamento. Diante disso, Johnny percebeu que além das execuções, o acontecimento também se voltava para o problema social e de saúde pública da Capital.  

Contudo, mesmo sem ninguém ter sido responsabilizado pela morte dos meninos, o jornalista decidiu escrever sobre o crime que ficou marcado como ‘a chacina do Beco do Candeeiro’.  

A chacina vitimou Edgar Rodrigues de Arruda, 12 anos, Adileu Santos, 13 anos e Reinaldo Dias Magalhães, de 16 anos, em julho de 1998

"O ‘Beco sem Saída’ não diz quem matou os meninos. Mesmo porque não há elementos para apontar um culpado. Por isso, ao invés de “quem matou?”, o livro ajuda a lançar uma luz sobre o "por que matou?". Ao conversar com as mães e amigos dos garotos, pude dedicar um capítulo para cada um deles, em uma espécie de tributo e, de certa forma, de restituição de suas humanidades”, conta Johnny ao O Bom da Notícia.  

Com a frase corriqueira dita por Johnny, de que “todo jornalista gosta de contar boas histórias”, sobretudo, com um amor enorme pela escrita, ele se empenhou desde o início para que seu projeto se tornasse real.

Ele chegou a concorrer nos editais das secretarias de Cultura municipal e estadual, no entanto, não conseguiu ser contemplado. Pediu ajuda também para as entidades e organizações, porém, não recebeu.

Assim, com grande esforço e mérito de sua parte e de ajuda financeira de pessoas próximas que se sensibilizaram com a história, conseguiu que fosse feita a publicação.  

(Foto: Reprodução)

monumento beco candeeiro.jpg

 

Pré-venda

O livro-reportagem já tem um pré-venda pelo site da Editora Umanos e pode ser adquirido pelo neste LINK, no valor de R$ 40.  

Ou pode ser comprado diretamente com o escritor, Johnny Marcus, que entrega em domicílio, com frete gratuito.

O telefone para contato é 65 98404-8047.

Os livros serão entregues logo após o lançamento, no início de agosto.

Ainda haverá alguns pontos de venda a serem definidos.