Sábado, 02 de Agosto de 2025

CIDADES Terça-feira, 12 de Julho de 2022, 18:55 - A | A

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"Foi um crime com testemunhas", diz mãe de Isabele nos 2 anos de morte da filha 

Luciana Nunes/ O Bom da Notícia

A empresária Patrícia Ramos -mãe de Isabele Ramos, jovem morta pela amiga com um tiro na cabeça em um condomínio de luxo, em Cuiabá, em 2020, desabafou nesta terça-feira (12), se a Justiça deixará solta a menor que matou sua filha.

A declaração da mãe foi dada em meio a muita emoção, após uma carreata, cobrando justiça, na data em que completou dois anos do crime. “Esse dia por si só já traz o peso da lembrança da morte da minha filha, do assassinato dela. E é um dia que eu carrego com muita tristeza no coração, e saber que quem a matou está solta. Queria saber se vai ser passada uma borracha em cima disso, se vai ficar como se nunca tivesse acontecido esse crime, se ela vai voltar à vida normal, estudando, viajando?”, disse Patrícia. 

A carreata que marcou os dois anos do crime teve concentração frente do colégio Maxi, escola onde a menor que cometeu o crime estaria estudando. Em seguida, em carreata, os familiares seguiram até o Tribunal de Justiça. 

O trajeto foi marcado pela comoção da família e dos amigos da adolescente, que teve sua vida interrompida sem justificativa, após sair de casa para fazer uma torta de limão na casa da melhor amiga, no mesmo condomínio onde morava.

"Foi um crime e o crime deve ser tratado com rigor que ele merece. Queremos sensibilizar a todos principalmente o Poder Judiciário através do Tribunal de Justiça que possam analisar essa situação com todo o critério porque, afinal de contas, existe um processo todo que envolve esse crime, existem testemunhas que comprovaram que alí naquele dia não foi um acidente", completou. 

"Nós só queremos Justiça, se ela não for presa, chegaremos a conclusão que o crime no Brasil compensa",  finalizou. 

O Crime

Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu no dia 12 de julho de 2020. Ela passava a dia na casa da melhor amiga, uma adolescente de 14 anos na época, filha da família Cestari. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, quando estava dentro do banheiro, no closet do quarto da atiradora.

A defesa da menor alega que o tiro ocorreu de forma acidental, após a queda do case na porta do banheiro. A perícia descartou essa hipótese.

A menor que assumiu a autoria do tiro foi condenada por ato análogo a homicídio, a três anos de internação, com prazo de reavaliação semestral.

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Crédito vídeo: Veja Bem MT