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O BOM DA VIDA Sábado, 02 de Janeiro de 2021, 08:00 - A | A

Sábado, 02 de Janeiro de 2021, 08h:00 - A | A

LUTO NAS ARTES

Em 2020, MT se despediu de grandes nomes das artes plásticas e da literatura

Rafael Martins / O Bom da Notícia

O ano de 2020 foi marcado por diversas perdas significativas para a arte mato-grossense. Apreciadores das artes plásticas e da literatura tiveram que se despedir de talentos que - por meio de suas obras -, agora estão imortalizados, transcendendo o seu tempo e as fronteiras de Mato Grosso. 

Adir Sodré

Adir Sodré, 58 anos, morreu no dia 10 de agosto e foi velado no dia 11 na Capela Jardins, em Cuiabá. O sepultamento foi realizado no cemitério Parque Bom Jesus também na Capital.

Natural de Rondonopolis (212 km ao sul de Cuiabá), o artista passou a maior parte da vida em Cuiabá, onde morreu ao sofrer um infarto em frente à casa onde morava.

Sebastião Mendes

Arista plástico Sebastião Mendes, 54 anos, morreu no dia oito de outubro ao sofrer um infarto no sítio da família, localizado na Serra do Cabaçal, região de Cáceres.

Suas pinturas, repletas de cores fortes e regatas com o cotidiano mato-grossense, o renderam o título de membro da Academia Brasileira de Belas Artes.

Um dos símbolos principais de seus trabalhos, a representação da viola de cocho levou para o mundo parte da cultura imaterial do estado.

Rafael Rueda

O artista plástico Rafael RUEDA, 69 anos, morreu vítima de um infarto no dia primeiro de outubro no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá.

Antes de morrer, Rueda foi submetido a um procedimento de retirada de um dos rins e ficou quase um mês internado por conta da cirurgia. Neste período contraiu covid-19, mas se recuperou da doença.

Expoente da escola abstracionista, o artista expôs em Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Matrília Beatriz de Figueiredo Leite

Imortal da Academia Mato-grossense de Letras (AML), Marília Beatriz de Figueiredo Leite não resistiu às complicações da covid-19 e faleceu no dia primeiro de julho no Hospital São Matheus, em Cuiabá.

Ex-presidente da AML, a escritora também foi uma das fundadoras da Universidade Federal de Mato Grosso, onde foi professora e chefe do Departamento de Artes.

Maria Regina Curvo Alvim Penna

Aos 68 anos, a artista plástica e pintora Maria Regina Curvo Alvim Penna, conhecida como Regina Penna, morreu em uma casa de repouso de Cuiabá.

A morte da arista, ocorrida no dia 20 de agosto, se deu após uma batalha de Penna contra a esclerose múltipla - doença autoimune que afeta o cérebro e a medula, tornando os movimentos mais difíceis.

Conhecida por sua versatilidade artística, Penna passou a produzir com o suporta de tablets após descobrir a esclerose e ter parte dos movimentos dificultados pela doença.

Benedito Nunes

Um dos principais nomes do realismo em Mari Grosso, o pintor e professor Benedito Nunes, 64 anos, morreu ao sofrer uma parada cardíaca no Hospital de Câncer de Cuiabá, no dia dois de março.

Informações da família do artista apontaram que Nunes lutava contra um câncer colorretal há pelo menos três anos. Os sintomas da doença se intensificaram na parte final da vida do pintor e os remédios já não faziam mais efeito.

Durante sua carreira, Nunes chegou a ser indicado para o Prêmio Pipa, que é a maior premiação nacional para as artes visuais. 

Sua obra, recheada de sexualidade misturada à temática regionalista, era palco para discussões sobre povos tradicionais e foi amplamente exposta tanto no Brasil como em outros países.