Tentativa de chacina em Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá) deixa três mortos e dois feridos. Um dos sobreviventes está desaparecido. Vítimas foram atacadas com golpes de faca e tiros. Polícia Civil trabalha com a hipótese de rixa entre as facções criminosas Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
O caso foi registrado em uma residência na rua das Mangueiras, na região central da cidade, por volta das 19h50 de sexta-feira (3). Testemunhas acionaram a Polícia Militar depois que ouviram disparos de arma de fogo na região.
Quando os militares chegaram à casa, encontraram dois mortos. O primeiro, identificado como Mateus Lucas, 23, estava na sala, sentado no sofá, com o pescoço cortado e várias marcas de tiro pelo corpo. Ronei Vitorino da Silva, 25, estava caído na cozinha da casa. O rapaz também apresentava marcas de tiros e facadas. No banheiro da casa estava um outro rapaz, A.F.M., 25, ferido com um corte no pescoço.
A vítima perdeu muito sangue e já estava em estado de choque. O jovem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o hospital. Uma outra pessoa, que também foi ferida, conseguiu fugir e não foi localizada. Um outro homicídio, de Júlio Amorim dos Santos, ocorrido também no centro da cidade pouco antes, também está sob investigação.
O chefe de operações, o policial civil Roberto Ferreira explica que está sendo apurada a ligação entre as mortes. Sobre o ataque na casa, as testemunhas relataram aos policiais que alguns indivíduos chegaram de moto, entraram na residência e em seguida foram ouvidos os disparos.
Na casa foram recolhidas uma pistola calibre 9 milímetros que estava na cintura de Mateus, e outras duas armas, um revólver calibre 38 com 5 munições intactas e uma deflagrada, e uma garrucha. Foram encontradas também munições de calibre 9 milímetros e cartuchos de calibre 12 e 38 deflagrados e outros intactos espalhados pelo imóvel. Uma porção de pasta-base também foi recolhida.
A Polícia Civil segue em investigação e a princípio trabalha com a hipótese de brigas entre facções criminosas, segundo Ferreira. Até fechamento desta edição, ninguém havia sido preso. Os corpos ainda aguardam identificação e liberação. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou que a necropsia provavelmente será feita em Colniza porque não é possível encaminhá-los para Aripuanã (1002 km a Noroeste) ou Juína ( 735 km a Noroeste) devido à péssima condição das estradas.
A previsão era para a indicação de um médico para a necropsia e de um servidor público municipal para fazer a coleta do material. O coordenador regional da Politec de Tangará da Serra, Edson Sobrinho, explica que as condições climáticas de tempo chuvoso e nublado dificultam o envio de uma equipe de médico e papiloscopista, até mesmo por meio aéreo.
