Partidos, entidades civis e parlamentares de diferentes campos ideológicos apresentaram nesta quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados, em Brasília, o "superpedido" de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
O documento reúne acusações contra o chefe do executivo, presentes em outros 100 pedidos que já haviam sido entregues anteriormente, mas que não foram abertas pelos presidentes da Casa, Rodrigo Maia (DEM) e Arthur Lira (PP), sucessivamente.
O "superpedido" é assinado por 46 signatários, dentre eles, ex-aliados do presidente Bolsonaro, como os deputados Joice Hasselmann (PSL) e Alexandre Frota (PSDB). Os partidos PT, PCdoB, PSB, PDT, PSOL, Cidadania, Rede, PCO, UP, PSTU e PCB, também estão entre os autores do pedido.
Entre as entidades civis, estão a Associação Brasileira de Juristas pela democracia ( ABJD ), Articulação dos povos indígenas do Brasil ( APIB ), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil ( Conic ), a União Nacional dos Estudantes ( UNE ) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ( MTST ).
O texto, elaborado por um grupo de juristas, atribui ao chefe do executivo 23 crimes de responsabilidade cometido por Bolsonaro durante o mandato.
Entre as acusações, está o crime de prevaricação no caso das suspeitas de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin , onde o deputado Luis Miranda (DEM) acusa o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), de pressionar servidor publico a assinar ordem de compra do imunizante, mesmo envolto as suspeitas.