Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

POLÍTICA Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 14:43 - A | A

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Com fita na boca, vereador pede impeachment de Alexandre de Moraes na Câmara de Cuiabá

Rafael Ranalli critica prisão de Bolsonaro, acusa o STF de perseguição política e cobra apoio de senadores de MT para derrubar o ministro

Evelyn Souza

Em entrevista à imprensa antes da sessão, Ranalli fez fortes críticas ao ministro Alexandre de Moraes, que é relator de inquéritos que investigam Bolsonaro e aliados. Segundo ele, a prisão é "mais uma peça" de um suposto "xadrez político" contra a direita no país.

“A prisão de Bolsonaro é apenas mais uma peça desse xadrez. Ontem mesmo surgiu o ‘Vasadogar’, um dossiê mostrando que o governo teria monitorado quem apoiava Bolsonaro, quem vestia camisa do Brasil. Isso é perseguição escancarada”, disparou o vereador.

Ranalli também cobrou publicamente os três senadores de Mato Grosso, em especial Margareth Buzetti (PSD), -  Antes mesmo do pronunciamento, a parlamentar já havia assinado o requimento -, para que apoiem um eventual pedido de impeachment contra o ministro do STF.

Segundo ele, Wellington Fagundes (PL) já teria declarado apoio à causa. Agora, o apelo se volta para Margareth Buzetti (PSD) e Jaime Campos (União Brasil).

“Espero que esse repúdio toque o coração da senadora Buzetti. Ela pode fazer a diferença. E que o senador Jaime também tenha coragem. Essa casa aqui não tem petista, não tem esquerda. Então, espero que aprovemos esse repúdio hoje mesmo”, afirmou.

O ato de Ranalli ocorre em meio a um cenário de tensão política nacional e mostra que as decisões do STF continuam ecoando nas câmaras municipais, especialmente em regiões com forte base conservadora, como Mato Grosso.

Embora a fala do vereador tenha sido carregada de apelos e críticas, a mensagem visual do protesto — a fita na boca — resumiu o tom de insatisfação com o que ele considera um ataque à liberdade de expressão e à oposição.

A proposta de moção de repúdio ao ministro Alexandre de Moraes deverá ser votada ainda nesta semana pela Câmara Municipal de Cuiabá. A expectativa é de que a iniciativa receba apoio da maioria dos vereadores da base governista local, alinhada ao ex-presidente Bolsonaro.