Sábado, 27 de Julho de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2024, 12:55 - A | A

Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2024, 12h:55 - A | A

EM TODO PAÍS

Edna diz que atos antidemocráticos não podem ser naturalizados

Da Redação do O Bom da Notícia com Assessoria

A vereadora Edna Sampaio (PT) criticou, nesta terça-feira (27), o ato realizado no último domingo (25) em São Paulo, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que convocou seus apoiadores para manifestação na avenida Paulista.

A parlamentar disse que ficou preocupada com o ato, e que no Brasil as manifestações de extrema-direita estão sendo naturalizadas, mas elas ferem o estado laico e o estado democrático de direito.

A vereadora disse que é inadmissível naturalizar um ato chamado por Bolsonaro para se defender de acusações de conspiração contra a democracia cometidos dentro do Palácio do Planalto e classificou a manifestação como “uma mistura proposital e enganosa de um discurso bélico que se utiliza das instituições religiosas para manipular as consciências e os sentimentos do povo”.

Edna afirmou que deseja que Bolsonaro tenha um julgamento justo, assim como a qualquer pessoa acusada de crime em uma democracia, e destacou a importância de defender o regime democrático.

“A democracia neste país está em risco e uma das formas de defendê-la contra o extremismo é as instituições não permitirem a naturalização de um evento que é afrontoso à democracia, ao estado laico e à toda a população que elegeu, pela terceira vez, o governo Lula”, disse.

Para ela, Bolsonaro está propondo a defesa de suas práticas inconstitucionais que devem ser punidas, sob pena de o Estado ser conivente, pois sem democracia, predomina a política do mais forte contra o mais fraco e a legitimação da desigualdade social que se vive em Mato Grosso.

A vereadora destacou aos colegas que de nada adianta reclamar do poder executivo, seja ele qual for, e apoiar, em nível federal, práticas criminosas de combate à democracia.

“A política não pode ser a disputa da criminalização dos agentes públicos. A disputa tem que estar no campo da política. Bolsonaro chamou para o campo político a discussão jurídica sobre sua condenação por estar, como presidente da República, tramando contra a democracia”, disse ela. “Ele fez o caminho inverso. Enquanto seus pares aqui fazem a judicialização da política, ele está querendo fazer a politização da justiça. Não vamos aceitar isso”, afirmou.