A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) assinou convênio nesta quarta-feira (20), com o Departamento Intersindical de Estatística Socioeconômica (Dieese), para ampliação da pesquisa de preços da cesta básica a todo território nacional. A partir de agora Cuiabá entrará nessa pesquisa nacional, que é feita há 70 anos.
A entrada da capital mato-grossense na pesquisa foi solicitada pela ex-deputada federal e diretora Administrativa, Financeira e de Fiscalização da Conab, Professora Rosa Neide. "A pesquisa do preço da cesta era feita em apenas 17 capitais. Cuiabá, Boa Vista, Macapá, Manaus, Maceió, Palmas, Rio Branco, São Luís, Teresina e Porto Velho não participavam desse levantamento" informou a diretora.
A ex-deputada citou que a Conab fez um esforço muito grande de diálogo com o Dieese, para que o levantamento de preços fosse estendido para Mato Grosso e para os outros Estados que não participavam da pesquisa.
"Hoje assinamos esse convênio histórico que fará com que todo o Brasil seja coberto pelo levantamento. Essa pesquisa é fundamental para aferir o preço mensal da cesta básica. São informações que vão orientar a Conab e o governo federal a focar os investimentos no incentivo a produção de alimentos, para que toda população tenha acesso", disse.
Rosa Neide ressaltou que a Conab retomou no governo Lula, a política de preços mínimos e estoques públicos de alimentos. Essa iniciativa resultou no aumento da área plantada de arroz, feijão e batata, que contribuiu para a queda no preço desses itens da cesta básica.
Dados de julho
A primeira leva de dados da pesquisa com a inclusão das novas capitais, consolidou dados de julho deste ano. Os índices mostraram que Cuiabá registrou no mês passado, o quinto maior preço da cesta básica do país: R$ 813,48. Houve queda nos preços em 15 capitais.
"Esse dado nos leva a uma reflexão importante: como a capital do Estado que mais produz no Brasil possui a quinta cesta básica mais cara do país?" questionou Rosa Neide.
"Por isso na Conab seguimos trabalhando para incentivar a produção de comodities como milho, soja e algodão. Mas também temos como foco o incentivo à agricultura familiar, em Mato Grosso. Quanto mais forte for a agricultura familiar, mais produção de alimentos chegará à mesa do povo cuiabano e matogrossense, com preços mais baixos", finalizou Rosa Neide.