Em conversa com os jornalistas esta semana, o vereador Dilemario Alencar (Podemos) voltou a apontar endividamento gigante da Prefeitura de Cuiabá e que, assim, pretende lutar para emplacar a CPI do Superendividamento na Câmara Municipal.
O vereador ainda citou as duas paralisações de prestadores de serviços ocorridas esta semana, por atraso nos repasses da prefeitura da capital às empresas terceirizadas. Uma na segunda-feira(06), quando funcionários da empresa Caribus Transportes paralisaram suas atividades por falta de salários. Retornando ainda no mesmo dia ao trabalho depois da quitação das pendências, com a empresa admitindo o atraso por conta da falta de repasses da prefeitura.
E a outra na última quinta-feira(09), quando trabalhadores da coleta de lixo cruzaram os braços e paralisaram os serviços em Cuiabá e Várzea Grande, igualmente, por atraso nos salários e ainda exigindo pagamento de férias e outros benefícios. Os trabalhadores se concentraram na sede da Locar Gestão de Resíduos, empresa terceirizada responsável pela limpeza urbana e coleta de lixo na capital, ligada a Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb).
“Olha, eu não tenho dúvida que a paralisação dos garis, deixando o serviço essencial da coleta de lixo parada é fruto do superendividamento da Prefeitura de Cuiabá, provocada pela má gestão de Emanuel Pinheiro(MDB). Na segunda-feira tivemos a paralisação de uma empresa de ônibus, por não repasse. Só de subsídio do passe livre a prefeitura está devendo para as empresas de ônibus mais de 45 milhões. E para a empresa de coleta de lixo me chegou a informação que a prefeitura deve mais de R$15 milhões”, disse.
Diante deste cenário o parlamentar vê como alternativa, até para abrir um debate mais ampliado destas dívidas, em especial, com terceirizadas, a criação da CPI como forma de revelar à população o caos financeiro da Capital.
“Denúncia que eu tenho feito constantemente na imprensa, que a Prefeitura de Cuiabá tem um rombo, hoje, por conta de dívidas com fornecedores, por não recolhimento de tributos como INSS, FGTS, na ordem de R$700 milhões. Isso é muito grave. Inclusive, eu penso que chegou a hora da Câmara Municipal se posicionar. Vou trabalhar firmemente para convencer os meus colegas de criarmos a CPI do Superendividamento da Prefeitura de Cuiabá, provocada pela gestão Emanuel Pinheiro. Se não conseguirmos implantar a CPI neste ano por conta da votação do orçamento para 2024 e o prefeito não tomar medidas saneadoras, ou seja, gastar menos do que arrecada, porque ele gasta mais do que arrecada, nós vamos ter que entrar 2024 com a CPI do Superendividamento”, explicou.