Foi negado o pedido de liberdade impetrado pelo médico Denis Barros Furtado, mais conhecido como “Dr. Bumbum”, acusado de provocar a morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, em julho deste ano. A decisão atende ao pedido do Ministério Público e é assinada pela juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
A publicação do ato é do último dia 5 de outubro, porém só foi disponibilizada no Diário de Justiça do RJ, nesta terça-feira (23).
Para a magistrada, a defesa do réu não apresentou motivos suficientes para colocá-lo em liberdade, que está preso desde o dia 17 de julho.
“Ressalte-se que a defesa não trouxe aos autos nenhum elemento que alterasse a situação fático processual do acusado, permanecendo íntegros os motivos que ensejaram a sua custódia cautelar”, diz trecho.
Denis responde por aplicação irregular de PMMA (produto acrílico) na paciente Lilian Calixto, que foi realizada em seu apartamento na Barra da Tijuca, zona leste do Rio de Janeiro.
Com base nas informações apontadas na denúncia, a juíza frisa que a suspensão de restrição de liberdade estaria infringindo os princípios da lei, uma vez que o processo nem sequer passou pela fase de oitivas, onde serão ouvidas as testemunhas.
“Concluiu ainda que a substituição da prisão por qualquer das medidas cautelares diversas da prisão não atenderia às finalidades da lei. Além do mais, a instrução criminal encontra-se ainda em fase inicial, não tendo sido ouvidas nenhuma das testemunhas sob o crivo do contraditório”, conclui a magistrada.