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POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Abril de 2021, 09:00 - A | A

Quarta-feira, 07 de Abril de 2021, 09h:00 - A | A

PANDEMIA

Mendes é contra inclusão da Educação como essencial e pode vetar PL de deputados

Rafael Martins/ O Bom da Notícia

O governador Mauro Mendes (DEM) sinalizou durante entrevista na CBN Cuiabá, nesta terça-feira (6), que deve vetar o Projeto de Lei - Nº 21/2021 - que coloca escolas de Mato Grosso como essenciais na pandemia. O governador alertou os deputados estaduais para o momento crítico vivenciado por conta da pandemia do coronavírus e se posiciona contra a inclusão da Educação no rol de atividades essenciais do Estado.

Para o democrata, tanto os parlamentares como a população, de uma forma geral, devem analisar os números dos últimos dias. “É difícil dizer que em um momento onde se bate recorde de morte, você vai abrir tudo, vai tocar a vida normal. Tenha clareza a população de que as consequências vem, elas estão vindo, está ai”, justificou durante entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (6)

Mendes ainda lembra que, Mato Grosso é o estado com menor índice de isolamento social. “Temos um grande número de mortes, e a cada momento tem pessoas dizendo que não quer parar. Todo mundo olha para o seu interesse até que morre alguém na família dele”, apontou.

O projeto que garante a inclusão da Educação como setor essencial foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (5). Ao ser colocado em segunda votação, contudo, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) pediu vistas da proposta.

O emedebista defende uma maior discussão sobre o tema, bem como modificações em alguns pontos do projeto de autoria do deputado estadual Elizeu Nascimento (DC).

Manifestação 

Organizada por um grupo de mãe, crianças fizeram uma manifestação na porta da Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a votarem o projeto que inclui as aulas presenciais como serviço essencial.

As crianças estavam todas de máscaras e com cartazes de protesto. Porém, o distanciamento de 1,5 metro estava longe de ser cumprido, conforme as normas de biossegurança. 

A preocupação maior ficou por conta da Assembleia Legislativa acumular centenas de casos da covid-19. Só no ambulatório da Casa de Leis, de cerca de mil funcionários, 147 foram testados com a doença, além de 18 deputados infectados com a doença.