Em conversa com jornalista, nesta terça-feira(30), nos corredores do Palácio Paiaguás, após reunião com o governador Mauro Mendes, o deputado Eduardo Botelho(ambos do DEM), lembrou que já havia dito há uma semana, para colegas de Casa e à imprensa, que mesmo que o parlamento estadual não aprovasse o decreto assinado pelo Governo do Estado, antecipando os feriados como forma de reduzir a circulação das pessoas nas ruas e, claro, dar um fôlego ao sistema de saúde já colapsado, a Justiça tornaria as medidas restritivas uma determinação, sobretudo, para os 50 municípios com risco muito alto de contaminação da Covid-19.
E ao voltarr a defender sobre a necessidade de uma decisão mais dura para conter a disseminação do vírus, Botelho lembrou que a situação vivida por grande parte dos municípios de Mato Grossso seria muito grave.
Acho que agora não tem mais que ter diálogo. Agora tem que cumprir a determinação judicial. Assim, acho que os prefeitos, todos, têm que cumprir a decisão judicial.
"Eu sempre defini que o prejuízo menor, seria aquele de antecipar os feriados. Infelizmente não ocorreu.Tem muita gente morrendo, inclusive, esperando por um leito de UTI. Pois o avanço dessa variante da covid-19 está sendo muito mais rápido, inclusive, a letalidade dela é muito mais rápida do que a primeira onda. Então é muito desesperador. Neste momento, nós temos que cuidar das vidas".
Ainda para o parlamentar democrata e primeiro-secretário do Legislativo, a determinação nesta última segunda-feira(29), da desembargadora Maria Helena Póvoas, de quarentena obrigatória coletiva em Cuiabá, Várzea Grande e outros 48 municípios de Mato Grosso, coloca fim a quaisquer diálogos neste momento.
Pontuando que, assim, a discussão hoje no Palácio Paiaguás nem mais seria uma intermediação sobre o decreto e municípios, mas sobre novas saídas para ajudar aqueles setores que serão mais penalizados com a decisão da Corte de Justiça.
"Acho que agora não tem mais que ter diálogo. Agora tem que cumprir a determinação judicial. Assim, acho que os prefeitos, todos, têm que cumprir a decisão judicial. [...] Agora, o que temos que estudar é mais auxílio para aqueles setores que vão sofrer mais como os bares, restaurantes, conveniência. Assim, na conversa que tivemos com o governador, foi já de começar a pensar em uma possibilidade de melhorar o auxílio para esses setores".
Ainda apontando que a situação destes setores é tão alarmante que muitos microempreendedores e pequenos empresários que têm dois ou três funcionários, não estariam conseguindo pagar o salário dessas pessoas. "Assim, precisamos encontrar uma alternativa e discutir tudo isso."