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CIDADES Domingo, 22 de Dezembro de 2019, 08:20 - A | A

Domingo, 22 de Dezembro de 2019, 08h:20 - A | A

DE OLHO

Ceia de Natal deve ficar mais cara neste ano; confira dicas de nutricionista

O Bom da Notícia

A ceia de Natal deve ficar até 3,19% mais cara neste ano, se comparada ao mesmo período de 2018. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e a elevação se deve, principalmente, a alta da carne vermelha no mês de novembro. O produto teve um aumento de até 20% em relação a 2018.

 

Ainda, segundo o IPC, produtos protagonistas da ceia natalina, como lombo de porco e pernil, apresentaram alta de 24% e 50,39%, respectivamente. Até mesmo o macarrão teve uma alta de 13,36%, influenciada pelo preço do trigo importado.

 

Apesar de o cenário não ser muito otimista para os pratos tradicionais, a nutricionista Iara Gamboa de Oliveira afirma que é possível fazer uma ceia com ingredientes mais acessíveis e que não saiam tanto do tema natalino.

 

“Ao invés de comprar estas carnes que aumentaram bastante, é possível fazer uma receita com frango recheado com farofa, por exemplo. Outra opção, no caso dos peixes, é fazer uma ‘falsa bacalhoada’, com filés de merluza, que também tem um valor mais atrativo. Ainda no universo das carnes, o chester é uma outra possibilidade, mais barata e acessível que o lombo ou o pernil”, pontua a profissional.

 

Como acompanhamentos às carnes, Iara - que trabalha junto a rede de supermercados Casa Aurora -, sugere arroz colorido, salada de maionese e farofa. Já as sobremesas, que têm uma gama maior de ingredientes, as opções são maiores. “A própria rabanada, um doce típico do Natal, tem como ingredientes o pão francês, ovos, leite e canela. O pavê também tem opções de ingredientes mais acessíveis”, destaca.

 

Elevação da carne vermelha

 

A carne bovina atingiu em dezembro deste ano o seu maior valor em 30 anos. O dado é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea). A alta se deve, principalmente, a alta demanda do produto pela China.

 

As carnes vermelhas são uma rica fonte de proteína no cardápio brasileiro, oferecendo, por exemplo, construção de fibras musculares, cabelos e ossos. Uma porção de 100 gramas de carne vermelha tem, em geral, entre 25 e 30 gramas de nutrientes.

 

Além do período natalino, Iara Gamboa de Oliveira, alerta que durante as altas nos preços, o ideal é tentar fazer substituições. “O destaque vai para o frango, ovo e peixes frescos, como sardinhas ou aqueles que sejam da região em que o consumidor morar”, lembra.

 

A profissional também lembra das proteínas vegetais, como feijão, grão de bico, soja, lentilha, ervilha e amendoim e da importância de se manter uma dieta com fonte protéicas.