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CIDADES Quarta-feira, 25 de Dezembro de 2019, 09:09 - A | A

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LENDAS E FÉ

De festa pagã a santa, o Natal tem muita história para contar

O Bom da Notícia

(Foto: Reprodução)

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O Natal é uma data comemorativa que simboliza o nascimento de Jesus Cristo. Esta celebração acontece há mais de 1.600 anos no dia 25 de dezembro. Natal se refere a nascimento ou ao local onde alguma pessoa nasceu e a palavra significa "do nascimento".

 

Uma celebração - na verdade uma reverência -, à vinda de Jesus, sobretudo, sua morte. Trocando sua vida pela salvação da nossa. Assim, o Natal serve sempre com uma reflexão sobre a dimensão 'histórica da salvação'.

 

A palavra Natal vem de "nascimento". Não se sabe a data exata quando Jesus nasceu. O dia 25 de Dezembro é apenas uma data escolhida para lembrar o nascimento de Jesus todos os anos. Em alguns países, o Natal é celebrado dia 6 de Janeiro.

A história do nascimento de Jesus é relatada nos evangelhos de Mateus e Lucas. Ainda que muitos conceituem o Natal como uma festa pagã, muito antes ele é uma festa cristã. Mesmo que seja um período em que as associações comerciais apostem alto nas vendas.

A maioria dos símbolos e das tradições de Natal nos lembram de seu significado:

 

Presentes – lembram que Jesus foi o maior presente que Deus deu ao mundo

 

Presépio – conta a história do nascimento de Jesus por imagens

 

Estrela – representa a estrela que guiou os magos até Jesus em Belém

 

Família – Jesus nasceu dentro de uma família, como todos nós; agora somos todos parte da família de Deus –

A importância do nascimento de Jesus

 

A história do nascimento de Jesus é relatada nos evangelhos de Mateus e Lucas. Ainda que muitos conceituem o Natal como uma festa pagã, muito antes ele é uma festa cristã. Mesmo que seja um período em que as associações comerciais apostem alto nas vendas.

 

Mas a data de pagã a santa, pautou-se no nascimento de Jesus e mesmo com o desvio de alguns para o foco comercial, continua a ser principalmente sobre a vinda de Jesus. Assim como a cruz, que antigamente era um símbolo de tortura e maldição e hoje se tornou num símbolo de esperança e salvação.

 

De festa pagã a santa, entenda a tradição

 

As árvores de Natal

 

Os escandinavos adoravam árvores e sacrifícios eram feitos debaixo das árvores ao deus Thor. A Enciclopédia Barsa descreve que a árvore de Natal tem origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio (800 d.C.). Os pagãos germânicos faziam sacrifícios ao carvalho sagrado de Odim (demônio das tempestades) e ao seu filho Thor.

 

Bonifácio em sua obra missionária para os povos germânicos pagãos utiliza um carvalho para explicar-lhes sobre a ‘trindade’ (forma triangular e apontado para cima). Depois de convertidos ao cristianismo, esses povos acabaram adotando a ‘árvore de são Bonifácio’ como um símbolo de sua nova fé. Em momento algum Bonifácio estabelece um dogma ou uma instrução para que tal coisa fosse feita. Foi apenas um sincretismo que transformou a antiga tradição de adoração ao deus Thor no símbolo da trindade cristã.

 

Há também teorias que no séc. XVI, Martinho Lutero decora uma árvore no interior de sua casa para ensinar seus filhos como as estrelas brilham na escuridão. Como dito anteriormente, os cristãos germânicos continuaram o costume pagão de colocar-se árvores no interior de suas casas, mudando apenas seu simbolismo. O costume se espalhou para cristãos da Inglaterra e depois para outras regiões.

 

O ato de cortar as árvores para enfeitá-las é bem antigo. Vejamos o que diz o profeta Jeremias (10:3 e 4): “[…] porque os costumes dos povos são vaidades, pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam para que não se movam[…]”.

 

Quando os pagãos se tornavam cristãos, normalmente sem uma profunda experiência com Yeshua [Jesus], levavam consigo todos os costumes pagãos, apenas orientados a mudarem o simbolismo para valores cristãos. Portanto, é importante lembrar que não há, na história da Igreja Cristã, nenhuma ordenança ou mandamento nem sequer tradição que remeta a utilização de árvores como um símbolo do nascimento de Cristo. Mas, como era usual entre os líderes da religião católica, a continuidade de costumes e tradições pagãs mas com simbolismo alterado para valores cristãos, era uma poderosa ferramenta sóciopolítica para assegurar a transição do antigo império romano para a nova religião oficializada pelo imperador Constantino, no séc. IV d.C..

 

Presépio

 

Ele foi instituído no século XIII por Francisco de Assis, que quis representar o cenário no qual Yeshua nasceu. É sabido que Francisco de Assis propositalmente coloca em seu presépio o “boi” e o “jumento” (animais que tradicionalmente fazem parte de qualquer presépio) como uma alusão à “ignorância” do judeu, remetendo ao texto de Is 1:3 “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”. (Is 1:3). Um claro elemento de antissemitismo sutilmente introduzido em todo presépio até os dias de hoje.

 

Assessoria/Pantanal Shopping

PAPAI NOEL

 

Papai Noel

 

Noel, em francês, significa Natal. Porém, esta palavra não consta na Bíblia e sua origem. Muitos o ligam ao mito Papai Noel com a lenda de São Nicolau, Bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. A Holanda o escolheu como patrono das crianças e neste dia era costume dar presentes. Este costume, então, se espalhou pela Europa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia consigo sorte para o lar. A lenda conta que as crianças colocavam seus sapatinhos na janela e São Nicolau passava de noite colocando chocolates e caramelos dentro dos sapatos. Tudo isto foi descaracterizando o verdadeiro espírito do Natal.

 

São Nicolau, bispo de Myra – santo homenageado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro. Uma lenda da sua outorga sub-reptícia de dotes sobre as três filhas de um cidadão empobrecido deu origem ao velho costume de dar presentes em secreto na véspera de São Nicolau.

 

Mas há outras histórias, muitas outras, aliás. Acredita-se que o Papai Noel é um personagem criado no século IV, por Nicolau Taumaturgo que, em sigilo, colocava um saco com moedas de ouro na chaminé das casas dos que estavam precisando de ajuda na época do natal. Tornou-se santo e símbolo natalino, partiu da Alemanha, onde vivia, até se tornar conhecido por todo o mundo.

 

Diz a lenda que Papai Noel é um bom velhinho de barba branca e comprida e vestimenta vermelha que mora no Polo Norte. Papai Noel juntamente com seus assistentes, os duendes, fabricam presentes para oferecer às crianças que se comportaram e obedeceram os pais durante o ano. Os duendes, além de fabricarem presentes, trabalham também perto de nossas casas conhecendo o comportamento de cada criança e sua obediência com seus pais e para isso percorrem todo o mundo.

 

Ao passar pelas casas, recolhem as cartinhas feitas pelas crianças e as levam até o Papai Noel. De acordo com o comportamento visto pelo duende é que o Papai Noel concede ou não o presente pedido pela criança em sua cartinha.

 

Seu nome varia de acordo com o país, podendo ser chamado de Santa Claus, Father Christmas, Nikolaus, Julemanden, Babouschka, Pai Natal, Perè Noel, Babbo Natale, Joulupukki, Sinterklaas

Quando o pedido é concedido os duendes fabricam o presente e o Papai Noel pessoalmente se dirige até a casa de cada criança em seu trenó, puxado pelas renas, e desce pela chaminé ou entra pela janela, assim deixa o presente debaixo da árvore de natal. Na noite de natal o presente será encontrado na árvore com o nome de cada criança.

 

Seu nome varia de acordo com o país, podendo ser chamado de Santa Claus, Father Christmas, Nikolaus, Julemanden, Babouschka, Pai Natal, Perè Noel, Babbo Natale, Joulupukki, Sinterklaas.

 

Mas o Papai Noel que conhecemos hoje: gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas, é produto de um imemorial sincretismo de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast, inspirador, por sua vez, de uma avassaladora campanha publicitária da Coca-Cola nos anos 1930. Nas gravuras de Nast o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o dele fumava sem parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

 

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa reivindicar qualquer naco da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode, em certas lendas nórdicas.